domingo, 20 de setembro de 2020

Mercearias Finas 161


 

É a vigésima edição deste icónico vinho. Sai este ano a colheita de 2011, do Barca Velha. E se no passado a casta maioritária era a Tinta Roriz, desta vez a Touriga Franca contribuiu com 45% do lote, anexando 35% de Touriga Nacional, mais aquela referida, e a Tinto Cão (10%) que julgo ser estreia.

Em meados dos anos 70, eu costumava namorar a montra de uma charcutaria da Braamcamp, que enriquecia, gulosamente, o escaparate de Barcas Velhas, e cujo preço costumava andar pelos Esc. 600$00 - era muito dinheiro, e eu não lhes chegava... Depois disso bebi 5 ou 6, oferecidas.

Embora não tenha preço marcado, esta colheita de 2011 do Barca Velha, deve andar pelos 400 euros, se não for mais. Daqui por uns anos, talvez chegue ao Pétrus ou ao Château d'Yquem, se lhe derem asas...

16 comentários:

  1. E eu então...
    Mas não me choca nada que se faça uma extravagância de quando em vez.
    Imagine, caro APS, que apanha uma multa de 600€ por excesso de velocidade; imagine que não tem o nome de nenhum marroquino para enganar a GNR: vai ter que pagar...
    Então porque não comprar um Barca Velha? Pode deliciar-se com esse néctar dos deuses (segundo dizem) e nem sequer fica inibido de conduzir :-)

    Desejos de óptimo domingo.
    🍷🍷

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    1. Não tenho papilas gustativas que dêem para tanto valor. Ou suficientemente especializadas, para apreciar este néctar. Os anteriores, ainda consegui.
      Retribuo, cordialmente.

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  2. Quando cheguei a Inglaterra em meados dos 1990, encontrei numa loja local Barca Velha a £20 ou £25, já não me lembro bem. Talvez tenha havido algum engano no preço ou talvez não tivesse muita saída. Também não era pouco dinheiro para mim na altura, mas lá achei que devia aproveitar a oportunidade...

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    1. Acho que fez muito bem. Na altura era aceitável.
      A especulação, o novo-riquismo, hoje, fazem o resto. É o caso do Pêra Manca, alentejano, que me parece muito sobrevalorizado.

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  3. Não tem comparação com qq Barca Velha !

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  4. Lembrei-me, a ver esta postagem, do "meu" Porto de 1967. Tenho que concordar com a Maria, uma extravagância, de vez em quando, sabe tão bem (a maior que fiz na vida, à altura, teve a ver com um eclair e uma bica em Paris, em tempos ainda de francos, com dinheiro mais que curto e contado, e uma falha nas contas de conversão - ai a matemática - e que me soube tãoooo bem).
    Bom dia

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    1. Quanto a enologia, tive sorte em ter tido alguns mecenas amigos que me foram dando a provar um Porto de 1871 (reengarrafado em 1971) e alguns Barcas Velhas. Mas resisto às tentações vínicas, limitando os danos, que me lembre, a um tinto da Gaivosa (25 euros) e a um superfino Chablis (20 euros?) que comprei. Que foram e são sempre "bio-degradáveis"..:-)
      Sou mais permeável à bibliografia portuguesa, fraqueza em que inscrevo a "Diana" (1624), de Jorge de Montemayor, ou a edição original das "Cartas" de D. F. Manuel de Melo". E cujo preço terei "pudor de contar seja a quem for...", como dizia o Régio... Livros que estão comigo sem se "bio-degradarem", porém.
      Uma boa semana.

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    2. Percebo a permeabilidade à bibliografia, porque quando me "apaixono" por um esquema ou livro de ponto cruz... (e posso nem vir a fazer...)
      Boa semana também

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    3. No fundo, todos temos pontos fracos..:-)
      Bom dia.

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    4. E o mais engraçado é que eu nem bebo vinho às refeições e só muito raramente fora delas. Que me lembre nunca comprei uma garrafa de vinho...
      A multa é a desculpa que dou a mim mesma quando abuso na compra de livros, filmes ou música...

      Boa tarde!
      (Por aqui com muito sol).
      🍁🍂

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    5. Às vezes, o crime compensa...

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