quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Interlúdio 62 (outrabandista)


Já por aqui houve mais pássaros, no quadrângulo do horizonte que domino, da varanda a leste.
Mas, hoje, aconteceu um corrupio de novos e desacostumados visitantes alados. Quatro estorninhos ( pareceu-me...) em amigável esquadrilha juvenil, um corvo solitário e solto, que se empertigou, sucessivamente, em três das antenas de televisão, das mais altas, ali defronte. E a crocitar, senhorial.
Só gostaria de saber quem são essas duas (?) aves, em desafio, que num grilar trinado, rezingam, ao fim da tarde, escondidas naquela árvore frondosa, à minha direita, baixa. Serão gralhas? Serão pegas?
Os morcegos é que nunca mais apareceram, ao cair da noite, como agora Vénus (ou a Estrela da Manhã) me aparece, no horizonte. Ao alto, muito firme e fixa.

2 comentários:

  1. Gosto muito de pegas, porque me lembram a infância. A minha tia tinha uma que aprendeu a dizer o nome dela, imitando as clientes que iam lá a casa comprar pão. Então a qualquer hora o raio da pega chamava 'Emilinha' e a minha tia corria para a rua a ver quem a chamava.
    A coitada da mulher fartou-se de correr até começar a reconher a 'voz'da pega e sempre que esta a chamava a minha tia, nortenha, atirava para o ar o desabafo: lá está a p#ta da pega.

    ps Desculpe o palavriado mas lembrei-me disto. Que qualquer dia passo ao meu blog, acho delicioso.

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    1. Gostei imenso da sua história e bem que me ri..:-))
      De aves, na minha infância, só tenho histórias de canários, mas nem sempre felizes. E embora goste muito destes pássaros canoros, deixei de querer tê-los, ultimamente.
      Uma boa noite.

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