quinta-feira, 1 de setembro de 2022

Ideias fixas 69


Do alto da minha ignorância médica, eu ousaria dizer que há, pelo menos, 2 ciências ocultas na medicina, pela sua incipiência e falta de progressos práticos e até pelos nulos resultados obtidos ou conhecidos de experiências alheias. Essas áreas são: a dermatologia e as alergias.
Ambos (HMJ e eu) já fomos tratados, à primeira das especialidades, por uma jovem médica nortenha, que já não faz parte dos quadros do SNS, agora. O acompanhamento, entretanto, prescrito por ela, não deu quaisquer resultados que se vissem. E a senhora jovem e loura foi-se para o privado...
HMJ precisou de nova consulta, 3 semanas atrás. Ficaram de lhe indicar a data. Contactaram hoje para a informar que só poderiam marcar consulta para Janeiro de 2023 - assim são as delícias e prontidão da medicina privada, neste caso: CUF saúde.
Por trás de cada ataque ao SNS há, quase sempre, um vendido; um mercenário pago pelos privados ou por seguradoras gulosas (até se lhes pode ver a cara, nas televisões generalistas). Não há que ter grandes dúvidas. A Saúde pode ser para alguns um negócio chorudo. E, neste comércio, a ética não é essencial...

7 comentários:

  1. Quando parti o pé, há um ano, resolvi ir à urgência da Luz para não ir atrapalhar Santa Maria (ainda havia bastante gente com COVID). Estive lá sete horas!!! Mas barafustei bastante, senão devia ter estado doze.
    Sete horas em Santa Maria estive uma vez com a minha mãe, mas fizeram-lhe exames da cabeça aos pés para saber o que ela tinha.
    E já agora conto o que se passou na Luz. Quando fui tirar a radiografia ao pé, a fulana que mandava entrar disse-me: «Dispa-se da cintura para cima!» Disse -lhe que devia haver um erro porque o RX era ao pé. Olhou para mim desconfiada. Foi lá dentro, voltou, nem pediu desculpa e lá me deu as instruções devidas.
    Fui com uma amiga que ficou na sala de espera. Quando cheguei ao pé dela contei-lhe o que se tinha passado. E ela disse-me. Estava aqui uma senhora que foi fazer um eletrocardiograma. Vieram entregar-lho e o filho olhou para o envelope e disse. «Ó mãe, tu não te chamas Rosa!». Mas só o SNS é que é péssimo.
    E durante o COVID, parece que as pessoas já se esqueceram que os privados não queriam receber pessoas com COVID, queriam receber os doentes sem COVID para serem internados, serem operados, etc.
    Se uma pessoa tiver uma doença grave (e eu sei do que falo) não se vai tratar no privado, tem de ir para o público. nem com seguro de saúde porque o seguro tem um limite. Tenho um amigo que começou a ser tratado no privado e teve de passar para o público.
    Desculpe, mas estes ataques corporativos ao SNS tiram-me do sério. Resquícios do salazarismo, como todos sabemos e como ontem disse Álvaro Beleza na RTP3.
    Boa tarde!

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  2. Errata: não queriam receber = não quiseram receber

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    1. Os seus exemplos vem somar-se a outros casos que conheço e que mostram as irregularidades que acontecem no privado, mas que são abafadas pela comunicação social e televisões sem isenção.
      Não tenho dúvidas que os ataques ao SNS pertencem a uma estratégia concertada para tentar acabar com ele. Desse grupo de sicários fazem parte jornalistas, jornais, muitos deles orientados pelo actual bastonário da Ordem dos Médicos que, de isento, não tem nada.
      Boa tarde.

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  3. Concordo inteiramente. Há uns anos, num privado, decidiram tirar-me a vesícula pois, segundo eles, esse era o motivo das minhas indisposições. A análise da peça não mostrou nada, nem uma pedrinha. Continuei igual. Depois percebi que muitas pessoas tiravam a vesícula assim, sem grande motivo, operação simples e lucrativa. Mas também tenho boas experiências com privados...e com públicos, depende de muitas variáveis...só não compreendo a razão pela qual as notícias más são sempre com o SNS.

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    1. Mais um exemplo dos "desastres" da saúde privada - que lhe agradeço.
      A omissão destes erros, na comunicação social, insere-se no branqueamento a que procede esta estratégia concertada para "vangloriar" o privado em prejuízo do SNS.

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  4. Creio haver consenso generalizado.
    Boa noite.

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