segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022
Fantasias
domingo, 27 de fevereiro de 2022
Apontamento 145: "Animais e Cidadãos"
A revolta interior perante um completo desvario da sociedade actual, que se manifesta na ausência de princípios morais, éticos e de civilidade, procura, por vezes e durante muito tempo, como é o caso, as palavras certas para transmitir o que sentimos de profundo desagrado perante o trilho desviado pelo CAPITAL para a Humanidade.
O título do “post” encontra-se com sinal de citação em
função de um artigo de António Guerreiro, no último ípsilon do Público. O
autor do artigo coloca, de uma forma simples, pela prioridade da enunciação, o
problema actual: primeiro os animais e depois os cidadãos. Era, exactamente, o
mote que precisava para o meu texto há muito adiado, à espera de conseguir a
contenção para o escrever. Mesmo assim, o rancor não tem contemplações, nem
censuras, e não domina a emoção.
1 – As duas imagens acima espelham, para quem tenha ainda dúvida, as opções humanamente inaceitáveis de uma sociedade que se diz democrática, a saber, o direito do animal “gato” a ter uma casota, toda catita e até com quintal, financiada pelo erário público, e, por outro lado, o IGLO para seres humanos, que as sociedades MODERNAS – França, etc – inventaram para “abrigar” as pessoas que não conseguem uma habitação condigna ou foram, na maior parte dos casos, despejadas pela mercado do capital que invadiu o universo supremo do direito de cidadania, i.e. uma casa para viver.
2 – Perante o completo falhanço, do ponto de vista da humanidade e civilidade, da sociedade actual em acabar com as pessoas a viverem na rua, assistimos a estes remédios abjectos em vez de colocar as pessoas em casas desocupadas – parece que em Lisboa há 40.000 segundo a nova Vereadora – acabando com um espectáculo degradante por todo o lado nas nossas cidades.
3 – O que vemos, portanto, são casotinhas agradáveis com quintalinho para os gatinhos, IGLOS ou ruas com arranjos inqualificáveis à entrada de prédios com pessoas e seus haveres. Mesmo para uma pessoa sem a falsa compaixão divina de jonês e companhia pergunta-se: santo Deus, perdemos o juízo por completo !
4 – Não falta dinheiro das autarquias para o apoio a ida a veterinários para animais de companhia das pessoas “necessitadas” (?) Estamos a falar de pessoas necessitadas SEM AQUECIMENTO para o bem-estar e comodidade do ser humano ? Pessoas necessitadas são as que encontrei, hoje, num supermercado a perguntar a uma funcionária: “tem uma massa ... (não percebi o tipo que a senhora queria), porque o meu cãozinho só come peitinhos de frango com massa ...” A senhora, sem nenhuma acrimónia, tinha um aspecto remediadíssimo, embora o aspecto exterior se revelaria, como ficou dito, ainda mais composto do que a miséria mental. E a sociedade actual continua a fomentar este tipo de miséria ? Em benefício de quem ?
5 – Não estamos, portanto, como sociedade a contribuir para uma elevação das nossas vivências, privilegiar opções humanas e de civilidade. É isto que me incomoda diariamente para além dos ruídos e sujidades que os animais provocam sobretudo pela incivilidade dos proprietários. Em Lisboa, semana sim, semana não, temos mais burgessos – nacionais e estrangeiros – com cães, a ladrar a qualquer hora do dia e da noite. A falta de educação dos proprietários revela-se pela postura inadequada dos seus animais domésticos. Deviam é ter comprado um monte no Alentejo, porque não nos incomodavam pela sua falta de civilidade.
Sempre tive animais domésticos, em criança, cães e gatos, mas numa casa com quintal e enquadrado num quadro mental e educacional para cuidar deles SEM incomodar a vizinhança. Na certeza, porém, que cada um ficava no seu lugar. PRIMEIRO o pai e a mãe, a restante família e, DEPOIS, o resto do carinho para os animaizinhos, bem comportados e educadinhos como se exigia e se fazia em primeiro lugar aos meninos !
Bons tempos em que a hierarquia ainda trazia benefício de sossego de alma: cuidar dos vivos e domar os animais!
Post de HMJ
sábado, 26 de fevereiro de 2022
De Aznavour para Adamo
"O seu sucesso prova que os cantores sem voz como você e eu ainda têm futuro."
Referido no documentário da ARTE : Salvatore Adamo - Quand je chante, que pode ser visto no Youtube.
sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022
Desabafo (68)
Lembrete 87
Menos atempadamente do que o costume, aqui damos conta da saída do número 15 da revista Electra, referente ao Inverno 2021/22. A temática principal são os números, desta vez.
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022
Apontamento 144: Uma Vergonha para a Humanidade
Lembram-se do slogan que se dizia - e agora certamente - com muito mais propriedade: "Comprava uma carro em segunda mão a este homem ?" Agora bem se vê quem lhe compra os carros !
A vergonha maior desta criatura é o facto de se declarar partidário de um partido de paz e concórdia na Europa e entre os homens. Além disso, esqueceu-se - POR COMPLETO - das memórias que recebeu, com certeza como eu, de familiares que viveram a II Guerra Mundial.
É pena que Olaf Scholz tenha que engolir mais este sapo, guloso e oportunista, sem nenhum sentido de responsabilidade e muito menos de razão de estado.
A reprovação da sociedade amante da paz e concórdia na Europa é que lhe fará o último julgamento. É pena haver mais um socialista a perder o respeito dos cidadãos, que se calhar - pretensamente - dizia defender.
Post de HMJ
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2022
O direito das minorias
Circunstâncias
terça-feira, 22 de fevereiro de 2022
Uma fotografia, de vez em quando... (155)
Fixou-se em Paris a partir de 1964 e integrou a Agência Magnum nos anos 70. Colaborou na revista Elle e em Le Nouvel Observateur. Reconhecidamente considerado um talentoso retratista, deixou-nos impressivos retratos de Alfred Brendel, Dalí, Drummond, Vieira da Silva e Sviatoslav Richter. Curiosa também a sua experiência, depois publicada em livro, de ter fixado em instantâneos notáveis a reacção, no Museu do Louvre, dos visitantes perante algumas obras de arte.
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2022
Formas de amizade
Métodos...
domingo, 20 de fevereiro de 2022
Bibliofilia 195
sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022
Richter sobre os E. U. A.
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2022
Do que fui lendo por aí... 49
Era uma vez um escudo...
Citações CDLXXVI
terça-feira, 15 de fevereiro de 2022
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022
Para o dia
Aqui fica, em imagem, esta Suculenta florescida pela primeira vez, que gentilmente me ofereceram...
Retribuo com frésias que hão-de vir.
Pinacoteca Pessoal 181
domingo, 13 de fevereiro de 2022
Eugeniana mínima (7)
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2022
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2022
A querer ser máxima
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022
Duas picardias de um poeta grego
Divagações 177 (seguidas de uma curtíssima antologia)
terça-feira, 8 de fevereiro de 2022
Da utilidade e do uso
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2022
Começaram a aparecer...
... as frésias na varanda a Sul. E desde ontem que começaram a abrir. Quer seja pelas alterações climáticas, pelo Inverno excessivamente seco, ou até mesmo pela exposição solar mais favorável da varanda meridional, o que é facto é que vários pés de frésias - planta originária da África do Sul - se preparam para florir em tons brancos, mas também amarelos.
Fazem assim companhia ao limoeiro florido. Só a oliveirinha, da mesma varanda e que foi podada este ano, não deu ainda sinal de si, com folhas novas ou vestígios de pequenos brotos. Ainda vai a tempo, porém.
domingo, 6 de fevereiro de 2022
Apontamento 143: A História de um Rótulo
A História de um Rótulo – [Ideia/Conceito: Andreas Ganther/Thorsten
Kiss/Marcel Rahmati]
Vinho: Fabelhaft [Fabuloso] – Douro – Tinto – 2013
Rótulo 1 |
Rótulo 2 |
Rótulo 3 |
Rótulo 4 |
Rótulo 5 |
|
|
|
|
|
1 – A Constituição de
Colónia |
1 – Tudo na mesma |
1 – O que há de ser |
1 – Sempre correu bem |
1 – O que acabou, acabou |
2 – Nada continua como
dantes |
2 – [Fabuloso] |
2 - [Fabuloso] |
2 – Não conhecemos, não
precisamos, lixo |
2 – Que fazer ? |
3 – Fica bem, mas cuidado |
3 – Que conversa parva |
3 – Queres beber um copo ? |
3 – Partes o coco a rir |
3 – Ficha técnica do vinho |
Nota – As Figuras da História
são as conhecidas figuras Tünnes e Schäl o [António, o apalermado e o
vesgo], falando no dialecto de Colónia, usando máximas muito populares
O vinho foi comprado, há anos
em Colónia, num grande supermercado que tinha os vinhos de Dirk Niepoort em
promoção, com a presença do próprio.
Post de HMJ
sábado, 5 de fevereiro de 2022
Mercearias Finas 175
Não creio que seja apenas na Europa ou no mundo ocidental que muitas das relações humanas se consolidem à mesa. O convívio prandial que, às vezes, até ganha forma de periodicidade, fortificando afectos e intimidades humanas, cria com frequência laços duradouros pela vida. Mas também - e é conveniente lembrá-lo - à mesa podem acontecer rupturas definitivas ou, pelo menos, zangas temporárias. Tudo isso me veio à memória, há dias, ao almoçar na Benard, à rua Garrett.