segunda-feira, 5 de abril de 2021

A propósito do espadarte

Seria canónico falar-se do anho pascal que ontem cumpriu, de facto. Mas não. Começo pelo tempo. 

Instalou-se a Primavera, com armas e bagagens. Os morangos, embora adstringentes, já estão com sabor, vi anteontem duas jovens andorinhas, lá para as bandas de Murfacém. E a banca do peixe, na Trafaria, ostentava, sobrevivente, a última posta fresca avantajada de um espadarte quase extinto. Merquei-a, de imediato, antes que se fosse para outros destinos alheios.
O bicho, em si, suscita-me múltiplas memórias associadas. Do unicórnio ao narval, de Hemingway à Mirandolina (que os pendurava em gancho, na rica banca ali para as bandas de S. Domingos de Rana). É um peixe enorme, porém, de belíssimo sabor. E, quanto a bifes do mar é, francamente, melhor que o de atum. De cebolada, ou não. Neste caso a dispensamos, e bem. Só batata e cenouras cozidas.



De Bucelas, veio um Arinto especioso, da Quinta da Romeira, colhido em 2017. Tinha estagiado em carvalho (francês?), e baptizaram-no de Reserva e Morgado de Sta. Catherina. Nobre e perfeito, nos seus 13º.

4 comentários:

  1. Eis um bife que não dispenso :) O acompanhante líquido deve ser bem bom.
    Bom dia

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. É muito bom, realmente. E o vinho branco estava no ponto, inebriante.
      Uma boa semana!

      Eliminar
  2. Gosto muito de espadarte mas, se for de cebolada, prefiro atum. Antes deste confinamento, bebi Morgado de Santa Catarina, mas não sei de que ano. Gostei.
    Boa semana!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Um bom Arinto português bate-se lindamente com qualquer dos melhores Riesling do Mosela..:) E este nosso Arinto é muito bom.
      Uma boa tarde.

      Eliminar