sábado, 20 de fevereiro de 2021

Séries Policiais



Não fora o gozo caricatural com que é tratado o agente policial Agatino Catarella ( na foto, o último à direita), na série de Andrea Camilleri (1925-2019), eu até esquecia outros pormenores dos episódios de Il Giovane Montalbano, que pecam por não respeitar as regras narrativas que S. S. van Dine (1888-1939) diz serem essenciais para as novelas policiais. Mas Camilleri fez do pobre agente Catarella um disléxico, sempre a bater nas ombreiras das portas e um trangalhadanças com um cérebro de passarinho... é demasiado para o meu gosto. Depois, o vice-comissário Mimi Augelo, supostamente um Don Juan, é um amaneirado, mas isto é pecha antiga porque já o Poirot-Suchet, da série inglesa, era um adamado detective excessivamente pernóstico. Não sei para que efeminam, nestas séries, os investigadores. No conjunto, escapa o tratamento da figura do jovem Giuseppe Fazio. Mas voltando ao Montalbano, acho aqueles namoros com a Livia Burlando excessivamente delicodoces e românticos com as suas vindas de Génova, até à Sicília para os oaristos. Van Dine proibiria terminantemente estas efusões líricas em obras policiais!

Ainda assim, lá irei hoje ver na RTP2 mais um episódio, às 17h31, e no Domingo, às 17h33, outro. Parece que nunca mais aprendo a cingir-me às boas regras das tramas detectivescas!...

2 comentários:

  1. Também vou ver.
    Parecem-me mais credíveis a escolha como atores para os papéis de Mimi e de Montalbano de «O Jovem Montalbano» do que os de «O Comissário Montalbano». Quando li os livros de Camilleri nunca os imaginei assim e também não tão jovens como nesta nova série.
    Bom dia!

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    1. A primeira vez que ouvi gabar Camilleri, foi na Alemanha, nos anos 90, mas só recentemente o "pratiquei". Os 2 ou 3 episódios de Montalbano adulto (na tv) também os achei muito desconchavados... Estes, do jovem, escapam, com boa vontade.
      Bom fim-de-semana.

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