sexta-feira, 10 de abril de 2020

As palavras do dia (38)


Nota: o pequeno excerto não dispensa a leitura cabal da crónica de António Guerreiro no jornal de hoje.

11 comentários:

  1. O jornalismo está pelas ruas da amargura. Nem esta situação refreou um pouco os ímpetos da maioria destes profissionais de televisão (homens e mulheres) pelo sensacionalismo. Estão a falar de uma tragédia que ninguém esperava e para que ninguém estava preparado em todo o mundo. Isto é trágico, mas onde querem que os diferentes governos vão comprar material? E discutem o número de mortos e de doentes como se se não tratasse de vidas humanas. 'Só querem informar'...
    Nas conferências de imprensa fazem perguntas que me parece que vão escritas e, mesmo que já tenham sido respondidas, fazem-nas na mesma. H+a ias uma fulana fez uma pergunta à Graça Freitas. Esta pediu um esclarecimento sobre a pergunta porque não a entendia e a jornalista não lhe soube dizer o que realmente queria saber. Triste! Tristíssimo!
    Gostava de saber é onde está o Sindicato de Jornalistas que passa as carteiras profissionais a estas criaturas.
    Bom dia!

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    1. E o maior problema é terem público. Acrítico, normalmente, e que embarcam na charanga, como na Idade Média o povinho seguia os charlatães. O orelhudo da RTP 1, então, é um escândalo de aproveitamento descarado e desavergonhado. Mas cada vez há menos gente a denunciar o despautério.
      Quanto ao Sindicato, que já foi dos mais nobres e corajosos, está hoje vergado ao compadrio e ao corporativismo mais cego...
      Bom fim-de-semana.

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  2. Eu deixei, pura e simplesmente, de ver telejornais.
    Já não há pachorra para tanto pivot dramático, comentadeiro sabichão e videozinhos idiotas para animar a malta.
    Cansei!
    (como dizem nas novelas, ou diziam, pois há séculos que não consumo tal artigo).

    Caro Arpose, dias saudáveis para si e família.

    🌻
    Maria

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    1. Começo por agradecer os seus amáveis votos, que retribuo.
      Limito-me ao mínimo quanto a poluição mediática, também.
      Uma boa Páscoa, aí pelo Norte (?)!

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    2. Centro, embora nascida e criada na capital do reino durante largos anos, raízes maternas trouxeram-me para a Beira Interior :)

      Uma boa Páscoa também, aí na minha cidade (que não consigo imaginar deserta).
      Suponho que está na zona de Lisboa...
      🌻

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    3. Conimbricense natal, mas minhoto de adopção, vivo realmente na Grande Lisboa, donde renovo os votos pascais de bem estar para si e família.

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    4. Engraçado ser de Coimbra, a cidade que, se pudesse, eu escolheria para viver.
      Adoro Coimbra, e estou a ser sincera.
      Quando vim para aqui viver, fazia de bom grado os cerca de 300km (ida e volta) para ir ao cinema, para visitar os monumentos, para lavar as vistas nas águas do Basófias (e andar no Basófias, uma vez que me apeteceu armar em turista e troquei o cinema pelo passeio de barco).
      Que belos momentos passei na sua cidade natal.

      🌻

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  3. Vivemos uma tragédia, é um facto. Mas, penso que, as televisões não necessitavam de estarem da meia noite à meia noite, a falar da mesma coisa. A necessidade, quiçá a ambição desmedida, de audiências, é como o ar que respiram. Depois dão as noticias de uma forma assustadora.

    Enfim... é o que temos...
    .
    Dentro do possível
    Uma Páscoa muito feliz

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    1. De algum modo, foi o que procurei destacar neste poste.
      Boa Páscoa, também.

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  4. Antes de deixar o comentário estive a ler a crónica do António Guerreiro sobre este triste jornalismo, que nos invade o quotidiano de forma alarmante e catastrófica.

    Um dia destes quando terminámos de ver um filme gravado na box, o televisor passou directamente para a emissão e encontrámos o comentador JMJ, aos gritos com números e percentagens de mortos e nos primeiros segundos até pensámos que a vida no Planeta iria terminar dentro de momentos.

    Mas não! Ainda aqui estamos a escutar o novo vocabulário deste triste jornalismo, cujo vírus da palavra "mitigação" e seus "derivados", silenciou o "conforto" e "desconforto" dos últimos meses.

    Por fim ficámos a saber que existem muito mais "especialistas" do que seres humanos no universo.

    Desejo-lhe uma Boa Páscoa!

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    1. Assim como tenho, talvez, a infundada ideia de que, a nível domestico-burguês, se atingiu o máximo conforto , nas casas, e equilíbrio pelos anos 50 do século passado, também penso que nas décadas 60/70, o jornalismo português alcançou um grau de profissionalismo exemplar, difícil de ultrapassar. Depois, foi sempre a piorar,e, neste século XXI, conseguiu, em muitos casos, ser abjecto, pelo oportunismo descarado e pela desvergonha gritante, para além do amadorismo deslavado da maior parte dos seus agentes.
      Que o conforto chegue à vossa Páscoa, são os nossos votos mais cordiais.

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