O rearrumo inesperado de livros, na biblioteca doméstica, para que me deu no final do ano passado e que se tem vindo a prolongar, fez-me folhear alguns números antigos (1920, 1922 e 1932) da revista Anais das Bibliotecas e Arquivos (BNP), com proveito erudito, mas também aperceber-me, através de alguns catálogos recentes de casas leiloeiras, que compulsei em simultâneo, como o livro usado (tirando as raridades) tem vindo a baixar de preço de forma muito sustentada e inexplicável, ultimamente.
É sabido que só em muito raros períodos da História a economia acompanhou com afecto a literatura e as humanidades. O hoje comprova-o, ampla e barbaramente. Mas já nos anos vinte do século passado, o conceituado secretário da BN, Raúl Proença (1884-1941) se queixava e ameaçava, em encartes por ele assinados, que os almoços iam deixar de ser grátis e que a cultura custa sempre dinheiro.
Em compensação, contemplemos com prazer estético gratuito esta imagem de uma folha de um livro de Horas, dos Iluminados (nº 42) e manuscrito, que se guarda, preciosamente, na nossa Biblioteca Nacional...
Os Anais das Bibliotecas e Arquivos tem artigos muito bons por lá esquecidos.
ResponderEliminarBoa tarde!
Verdade, verdadinha, e é uma pena..:-(
EliminarUma boa semana.