domingo, 26 de novembro de 2017

Memórias da velha e pérfida Álbion


Em 1985, era Setembro, na modulação final da minha cristalização de gosto musical - reduto que, escassamente, foi perturbado depois -, em Queensway (Londres), havia ainda uma loja de discos, fulgurante. E eu já tinha ido para além de The Beatles, e procurava as últimas gravações de Tina Turner. O meu filho mais velho andava, então pelos Kraftwerk, muito naturalmente nessa décalage salutar de gerações. Quando lá entrámos, cada um se ocupou, na altura, das "bem querias" de que falava o bom velho Sá...
Acontece que, caída ou roubada, uma nota de 20 libras saíu, sem querer, de uma das nossas algibeiras diminuindo-nos o património familiar. Foi aí que, para restabelecer o equilíbrio das finanças, mais tarde em Greenwich, eu entrei numa agência bancária para trocar escudos portugueses por libras inglesas. Em abono da verdade, essa dependência bancária tinha ainda todo o ar pomposo e respeitável da época victoriana. Mas para ser justo, foram muito mais rápidos na operação de câmbios do que, em Portugal, para trocar as divisas, antes de eu iniciar a viagem para a Inglaterra.
Imagine-se o inimaginável:  uma atmosfera, qualquer coisa comparável por entre Charles Dickens e o Speedy Gonzalez...

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