sexta-feira, 2 de junho de 2017

A lira consumida


Faleceu ontem o poeta Armando da Silva Carvalho (1938-2017).
Li-lhe alguns dos seus primeiros livros, com gosto e proveito. Mas, depois e com o andar dos anos, comecei a situá-lo entre Mendes de Carvalho (hoje, completamente esquecido) e Alexandre O'Neill, pela feroz claridade das suas sátiras aciduladas. E, aí, eu preferia, sem dúvida, a mordacidade criativa de O'Neill, onde sobrenadavam quase sempre alguns pequenos filamentos de ternura.
Mas aqui deixo estas palavras de leitor antigo, pelo seu desaparecimento.

6 comentários:

  1. Li a "Lírica Consumível" na minha adolescência, precisamente essa edição da Ulisseia que comprei na Feira do Livro, eram os meus anos poéticos e Armando Silva Carvalho era um dos poetas que figuravam lá por casa.
    Lentamente eles vão partindo e embora nos deixem a sua poesia, não lhes encontro descendentes e isto aplica-se tanto à Literatura, como ao Cinema e à Música, como às Artes.
    Bom fim-de-semana!

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    1. A ideia com que fiquei é que era uma poesia musculada, com alguma, corrosiva, ironia. Sou capaz de o vir a reler, esta noite.
      Concordo que, quando termina uma obra de um autor que apreciamos, é um vazio que nos fica.
      Retribuo, cordialmente, os seus votos!

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  2. Eu aprecio a poesia de Armando Silva Carvalho, de modo que lá o fui lendo...
    Bom sábado!

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    1. Para ser verdadeiro, fiquei-me pelo princípio...
      Retribuo!

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