quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Apontamento 92: Novamente o ambiente e o direito ao silêncio

Não tenho nada contra programas de animação, desde que respeitem o direito dos cidadãos – a um emprego com condições de horários e que respeitem o silêncio e promovam a cultura.

Assim sendo, não me parece aceitável que qualquer animação ruidosa se enquadre no conceito de cultura.

Assistimos, pois, neste momento a uma “movida ruidosa”, certamente enquadrada na tal “venda nocturna”. Não entendo, portanto, por que motivo se tem de, com ruído, inquietar todo um conjunto de pessoas que procuram silêncio nocturno, com um “berreiro” a promover uma actividade essencialmente ECONÓMICA de promoção e venda de produtos.

O que parece saloio, i.e., a promoção, no Verão, de Festas Pimba, repete-se também neste momento na Capital. Meninas e Meninos a gritar para os microfones, para ver se alguém come ou bebe mais alguma coisa nas zonas, hoje, de Chiado até à Av. da Liberdade.

E o pacato cidadão tem que aturar mais este abuso? Não  será  possível introduzir limitadores de ruído? Deste modo, ouviam os que estão próximos do “ARRAIAL” e os restantes cidadãos também seriam respeitados no seu desejo e direito de silêncio.


Chega de animação de chinelo, disfarçada de acontecimento cultural !

Post de HMJ

4 comentários:

  1. A situação que descreve é comparável com o fenómeno designado por Karaoque, já me levou a um avultado investimento em segundas janelas e deslocações à Camara para sensibilizar o Presidente e alguns vereadores a não cederem aos interesses comerciais, cheguei mesmo a equacionar ir-me embora, longe de se aproximar de qualquer Movida , uns energúmenos fazem barulho desde cedo até altas horas da madrugada ,e um normal cidadão em sua casa está impedido de ler, ver televisão, ou dormir, enfim, desculpem o desabafo, para que serve a lei do ruido, para nada, há um prolema claro de licenciamento em que não são observadas as mais elementares regras de bom senso, e a entidade que licencia não está obrigada ou cumprimento da lei porquanto é a mesma que fiscaliza o que é um paradoxo.

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  2. Para Luís Miguel Amaral Rodrigues:
    agradeço o seu comentário, porque a sua exemplificação e o que diz sobre a Lei do "Ruído" não podia ser dito melhor. Fica-nos sempre a revolta da impotência face aos abusos dos "feios, porcos e maus" que nos invadem o nosso espaço diariamente.

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  3. Depois de ver na televisão, um apontamento do "arraial" na Rua do Carmo,
    apinhada de gente, até pensei que o T.Carreira no Parque EduardoVII, nem
    está nada mal.Palavras para quê?.A sociedade actual é cada vez mais vulgar
    e como nada posso fazer, vou tentando ignorar, não vendo,
    não ouvindo e mesmo não falando. Não é fácil, pois quase tudo o que nos rodeia é desagradável. E a lei do ruído, só deve existir no papel.
    Boa noite e bom fim de semana.

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    1. Para maria franco:
      por vezes, o incómodo é tanto que não permite ignorar o abuso.
      Desejo um bom fim-de-semana, em paz e sossego !

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