quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Era uma vez...


Quando eu era pequenino e me liam, ou eu lia, histórias de fadas, habituei-me à tranquilidade do Bem sempre triunfar sobre o Mal, no fim das narrativas. E adormecia descansado. Mas depois, veio o Vincent Price, o Ed Wood, canhestro embora, Somerset Maugham, Simenon, Coetzee, o Scorcese, o Copolla e o Tarantino, o Oliveira Costa e o Salgado, que me destruiram as ilusões, quase completamente, às vezes com a complacência da própria Justiça. Representada por agentes manhosos e marotos, a maior parte das vezes, mal vestidos, ou sem gosto no trajar. Provincianos em suma, mas aparentemente impolutos na sua maneira de ser.
Porém, recentemente, alguns pequenos sinais caridosos me fizeram acreditar que os vilões (a czarina e o grão-duque, maléficos, de que falei aqui, há uns postes atrás) podem ser derrotados, e o Bem talvez possa, de novo, vir a triunfar sobre o Mal.
(Ou será que entrei definitivamente na infância da velhice, melhor dizendo, terei voltado ao princípio da ilusão inteira?)

4 comentários:

  1. Isto só demonstra, como dizia há dias alguém na tv, que na política externa a Alemanha não vale nada. Só tem poderio económico. Como ela está, felizmente.

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    1. Há, hoje, no "Público" um artigo de Teresa de Sousa muito claro e objectivo, que diz tudo sobre o assunto - vale a pena lê-lo.
      Bom fim-de-semana!

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