domingo, 21 de dezembro de 2025

Citações DXXV

 


São-nos precisas poucas palavras para exprimir o essencial.

Paul Éluard (1895-1952), in Avenir de la poésie (1937).

sábado, 20 de dezembro de 2025

Uma fotografia, de vez em quando... 204

 

Vocação tardia de fotógrafa, mas também escritora, a norte-americana Diane Airbus nasceu a 14 de Março de 1923 em Nova Iorque, tendo-se suicidado em 1971, depois de passar por vários estados depressivos.



A sua obra singular retrata sobretudo pessoas comuns e, nalguns casos, marginalizadas da sociedade.




sexta-feira, 19 de dezembro de 2025

impromptu 86

 


O rasto do vento. Felizmente, sem danos pessoais.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2025

Revivalismo Ligeiro CCCXLVII


Um fado menos conhecido de Carlos do Carmo

Osmose 147

 
Há o estado de espírito e o estado físico, que nem sempre coincidem, embora se influenciem mutuamente. E, depois, há uma espécie de piloto automático, em lugar desconhecido, que nos controla na sombra e de que nós nem sequer sabemos quais são os seus objectivos concretos e a que se destinam.
É por isso que eu, quando ouço falar em liberdade humana, me dá vontade de sorrir.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2025

Leituras paralelas 3

 

A propósito de Paul Éluard (1895-1952), o escritor Claude Roy (1915-1997) anota, sobre a declamação da poesia francesa, algumas observações pertinentes que também se poderiam aplicar à forma de declamar poesia portuguesa, pela mesma época do tempo. Ora, citemos, traduzindo:
"... Há apenas uma coisa que o (Éluard) trai e que são os seus discos. A sua dicção era a de muitos poetas, em atraso de 30 anos sobre a sua poesia; quando se ouvem Breton, Aragon, Éluard, apercebêmo-nos que é  poesia dos anos 30 ou 50 gravada com a técnica teatral de 1890 ou 1910."

terça-feira, 16 de dezembro de 2025

A saga da manga

 

A saga continua. Desta vez a manga é comprida. (A ver se acerta, ó criatura!)
Haja coerência! Para quando a divina proporção?

segunda-feira, 15 de dezembro de 2025

Joseph Haydn (1732-1809)

Saudades...



 ... de Pinochet - assim vai o Chile.
Como costumo dizer: o povo é mesmo burro.



domingo, 14 de dezembro de 2025

Desabafo (104)


 
Felizmente que vi o filme de raspão, em zapping, mas foi o James Bond  mais estúpido que vi desde sempre, esta Sexta-feira passada, na TV. Era do realizador Guy Hamilton, com Roger Moore e um anãozinho, que até era simpático, mas mau actor: Hervé Villechaize. Neste 007 Contra o Homem da Pistola Dourada (1974) entravam também mais dois canastrões chapados: Britt Ekland e Christopher Lee.  
Um desastre!...

sábado, 13 de dezembro de 2025

Uma louvável iniciativa 67

 

Quinzenalmente, aos Sábados, no presente, o jornal Público faz acompanhar a sua edição de um antigo livro de cozinha, em edição facsimilada e a um preço razoável. É uma boa ideia, para os apreciadores da gastronomia portuguesa, que os queiram conhecer.
Hoje, o voluminho em tamanho, mas de 296 páginas, reproduz o primeiro livro de cozinha nacional, editado em 1680, por Domingos Rodrigues (1637-1719), que foi cozinheiro na corte do rei D. Pedro II.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2025

Últimas aquisições (63)



Vou agora muito pouco a livrarias, mas de cada vez que as frequento, não venho de mãos vazias. Por outro lado, já não estou em idade de arriscar nomes badalados dos top-10 ou capas bonitinhas, normalmente foleiras e de gosto duvidoso. Trouxe Hemingway e Cavafi, saídos recentemente. Só espero que tenham  traduções portuguesas à altura dos escritores referidos.



quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

Citações DXXIV

 

Por vezes, quando envelhecemos, a nossa infância é o único momento que pensamos ver com nitidez.

John le Carré (1931-2020), em carta para o irmão Tony.

Estado da natura 7

 



A natureza há-de sempre reservar-nos surpresas.

terça-feira, 9 de dezembro de 2025

O último

 

O rótulo, esfacelado, acusa o desgaste dos 40 anos de idade, porém a cor, quase rubi do líquido, aparentava uma vivacidade juvenil. E este Rolls-Royce dos vinhos portugueses bateu-se, em muito boas condições, com um Montiqueijo baboso de Lousa (Tojal). Assim se finou pelos 8 de Dezembro de 2025, deixando boa memória nos 4 participantes prandiais.

segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

Finalmente, alguém a defender a dignidade do cidadão europeu

 


"O que não podemos aceitar é esta ameaça de interferência na vida política da Europa", declarou António Costa, numa intervenção no Instituto Jacques Delors, salientando que "os Estados Unidos não podem substituir os cidadãos europeus na escolha de quais são os bons partidos e os maus partidos".

Agradeço que o Senhor António Costa tenha surgido, finalmente, para defender a dignidade do cidadão europeu perante  a ameaça de um troglodita inculto que, infelizmente, continua a ignorar as suas origens de prostíbulo e negócios espúrios no Sul da Alemanha, espaço de criação certamente sem cultura, regras ou noções de civilidade e regras de viver em DEMOCRACIA.

Infelizmente, os contactos para a EU - Presidente, Comissários, etc - apresentam-se, cada vez mais blindadas. O que se pretende ? Calar ?

Não é assim que me parece que o espírito da EU, no universo de valores de Jaques Delors, se defenda!

Post de HMJ

Uma rosa de...

 

...Inverno, que veio de longe, para quem a mereça.

sábado, 6 de dezembro de 2025

De Weendy Cope (1945)

 


Sunset at Widemouth Bay

Fogo
por detrás do mar.
O céu está cheio de anjos
de longas asas
a arder.


Wendy Cope, in Uncollected Poems (pg. 71)

Interlúdio 104


Para acompanhar o tempo...

sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

Curiosidades 115

 

É conhecido o gosto malsão que Marguerite Duras (1914-1996) tinha em disparar sobre colegas de Letras, mais ainda se fossem potenciais rivais. Uma das visadas era Marguerite Yourcenar (1903-1987), de cuja obra ela dizia: " Les Mémoires d'Hadrien são um grande livro: o resto, a partir dos Archives du Nord, parece-me ilegível." Entretanto, vingança do tempo, enquanto Yourcenar foi a primeira escritora a entrar na Academia Francesa, a Marguerite Duras foi-lhe sempre recusado o acesso por não ser "conveniente"...



quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

Divagações 212

 

Um amigo de infância que faz anos e, felizmente, está bem.
Olho os números e constato que sou mais velho que alguns dos desaparecidos. Já ultrapassei, em idade, a vida dos meus pais, o que é, em si, uma sensação estranha, parecendo que, agora e depois, tudo é ficção aparente a que me falta realidade. A sobrevivência de favor (?) vai-se estendendo. Até quando, não sei. E, embora as competências vão faltando, vou conseguindo pensar atinadamente, em termos racionais, embora a memória, sobretudo dos nomes, vá passando por hiatos temporários, que não chegam bem a ser dramáticos, mas não ajudam ao resto.
Um amigo que faz anos...

quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

Falar barato

 

Os ditos "jornalistas" lusos andam desesperados com a falta de assunto: falta-lhes o rádio-voz das criadas...

Revivalismo Ligeiro CCCXLVI

terça-feira, 2 de dezembro de 2025

A tarde ficou assim...

 ...e, cada vez mais escuro, lá para as bandas do mar...



Mercearias Finas 213

 

Num simples (?) Cozido de Bacalhau, com todos, concentra-se a sabedoria gastronómica de séculos portugueses. Pioneira terá sido a intuição do pescador que, na Terra Nova, pressentiu a qualidade desse peixe grande de águas frias; depois, essa invenção criadora, com certeza, feminina, de o escalar e pôr ao sol. Houve quem, depois de o demolhar e secar, lhe juntasse batatas, cebolas, cenouras e um ovo cozido, penca, e temperasse com sal, pimenta, azeite e vinagre, alho cortado em miudinho - assim se fez um prato tradicional português, pouco a pouco. Natalício, sobretudo.
Que fica bem acompanhado com um vinho branco encorpado ou até mesmo com um tinto de Monção.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

Bibliofilia 227

 


Não será rara nem cara esta obrinha de 48 páginas, em imagem acima, pois se trata de uma impressão  facsimilada de uma edição de 1918 (tiragem de 100 exemplares), que Edgar Prestage promoveu, tendo por base o original Craesbeekiano de 1658, dedicado à rainha D. Luisa de Gusmão (1613-1666).
Este meu exemplar é de 1940, integrado na colecção dos centenários da Restauração, que hoje se comemora, e foi organizado pelo prof. M. Lopes d'Almeida (Coimbra), mais tarde ministro da Educação.
Do texto se diz que terá sido ditado por João Rodrigues de Sá e Menezes (1619-1658), 3º conde de Penaguião, ao Padre Vicente de Guzman Soarez (1606-1675), que, por sua vez, o escreveu. E bem.



David Popper (1843-1913) : Tarantela


Adagiário CCCLXXXVI



 Homem da Beira* e besta muar, sempre têm coices para dar.


* Que me perdoem os beirões bem comportados e pacifistas.