Disse-o há muito, creio que em Fevereiro de 1979, que o primeiro movimento e som de fonte limpa da casa são as águas. Correntes. Agora e recentes, movem-se frenéticas uma ou duas mosquinhas (horrorosas) da fruta, sobretudo na cozinha. Vem depois o som aflautado, por volta das 6h30, do ladrar do estafermo do cãozito da vizinha, que nunca o ensinou a estar calado. Segue-se, ou não, a cãozoada em volta, em contraditório.
Mas, se assomar à varanda a leste, tenho uma consolação visual agradável, oriunda da grande colónia de melros da zona, que cedo começa a sua lida na busca de migalhas pelo chão. Nos seus passos nervosos, saltitantes e miúdos, até me podem brindar, se para aí estiverem virados, com o seu canto mavioso e lindo.
Que lindos esses sinais, de quem madruga e gosta!
ResponderEliminarTambém eu vejo, e adoro, o saltitar dos negros melros na minha relva verde orvalhada, plena de mil gotas frescas.
Bocadinhos de alimento, que eu lá deito, pela tarde, e ele leva para o seu ninho para alimentar os filhinhos.
Felizmente, por aqui, não anda o Padre Cura de Junqueiro... 😊
"O melro, eu conheci-o
era negro, vibrante, luzidio
madrugador, jovial."
Tenha um bom dia.
Com lindos textos
e bela poesia.
Obrigado.
EliminarIgualmente.