domingo, 1 de maio de 2022

Ora, aqui há 60 anos...



... Contava  Luiz Pacheco (no blogue Esplanar, e posteriormente no livro O Crocodilo que voa: entrevistas a Luiz Pacheco, de João Pedro George [Tinta da China, pgs. 214/5] o seguinte:

"Era um 1º de Maio (1962). Havia uma manifestação muito grande em Lisboa... havia greve, talvez... opá houve mortos e tudo, houve polícias que foram parar dentro do lago do Rossio... aquilo foi a sério... foi a primeira manifestação a sério que houve em Lisboa... foi a primeira vez que apareceram carros de água com metilene para marcar as pessoas, tinta que não saía... eles aí apanharam muita porrada, na rua da Madalena, no Largo da Anunciada... então a malta do Gelo, estava lá o Virgílio Martinho, que disse: «O que é que a gente veio cá fazer?» Respondi-lhe: «Então a gente veio cá mostrar o casaco... dar porrada? o que é que se pode vir a fazer...» e de facto estivemos no dia 1 de Maio muito sossegados. Eu sentei-me num cantinho, [...]"

6 comentários:

  1. A história deste café daria um bom livro - não sei se já deu. Bom Domingo!

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    1. Concordo consigo. Livro creio que não há, mas há relatos e crónicas bem interessantes.
      Boa noite.

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  2. Acho que não há livro sobre o Gelo. Sobre os dois Gelo(s).
    Boa semana!

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  3. Dois cafés não, dois ciclos: o do botequim Gonzaga, depois Freitas e mais tarde Gelo, dos republicanos e da Carbonária; e mais tarde o Gelo (renovado) dos surrealistas. Dava um bom livro.
    Bom dia!

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    1. Agradeço a explicação. E concordo que daria um bom livro.
      Boa tarde.

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