segunda-feira, 28 de junho de 2021

Mercearias Finas 170

 

Nunca fui muito de restaurantes superfinos ou de moda, e também não fui atraído jamais pela estética de encher a barriga com a nova cozinha que ajudou a promover alguns cozinheiros inteligentes e oportunistas. As minhas experiências gastronómicas nunca foram muito além da Cozinha Velha (Queluz), da Bica-do-Sapato (Lisboa) ou do Palace do Bussaco, onde infelizmente até me serviram, à sobremesa, um bolo de chocolate ressequido, que, reclamando, deixei quase inteiro no prato, dessa vez que lá fui. Não fossem os vinhos...



Depois do 25 de Abril, um dos meus restaurantes predilectos era o Rio Grande, ao Cais do Sodré, que apresentava, pelo Verão, uns Mexilhões à Espanhola, de apetite, um aprimorado Cozido à Portuguesa, pelo Inverno, e um bem confeccionado Polvo à Lagareiro, bem saboroso. A garrafeira, no entanto, era modesta e limitada nas opções. O restaurante mudou e rejuvenesceu de gerência, em tempos recentes, mas não deixou os seus créditos por mãos alheias. Há poucos meses, em companhia de HMJ, comemos lá uma magnífica Chanfana que fazia jus às melhores da Bairrada.
E não posso esquecer que foi lá que jantei, pela última vez, com o meu bom amigo J. J. C. G., (Retratos [4], 10/10/2011) antes dele regressar a Moçambique (onde viria a falecer), numa noite de Verão, de há muitos anos atrás. Estes factos ficam na memória para sempre, enquanto estivermos vivos.

6 comentários:

  1. Acho que já fui a esse restaurante do Cais do Sodré, onde comi um peixe grelhado muito bom. Bom dia!

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    1. Também costumam ter, realmente..:-)
      Uma boa semana!

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  2. Há muito tempo que não vou ao Rio Grande. A ver se me não esqueço de lá voltar proximamente.
    Boa semana!

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  3. É sempre difícil voltar a algum sítio onde nos vem
    à memória alguém que já nos deixou. Eu sei o que isso
    é. Saudades dos meus almoços na Ericeira, a ver o mar.
    De destemida que era, tornei-me medrosa, tenho medo de
    ir a Lisboa. Quando alguma coisa melhorar, vou tentar.
    Bom fim de tarde.

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    1. Os locais, muitas vezes, lembram-nos memórias apagadas, que revivem e nem sempre são infelizes...
      Uma boa noite.

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