quinta-feira, 12 de maio de 2016

Da leitura (12)


Em biblioteca alheia, fui metendo a foice, que apenas trouxera comigo, para além do último TLS, as "Curiosidades da História Portuguesa", de Ladislau Batalha, bem interessantes, por sinal, e que acabei de ler. Arredio às prosas (ficção), como ando há já bastante tempo, despertou-me interesse o "16 Castas Portuguesas", de José A. Salvador, que li com extremo proveito, aprendendo coisas novas que não sabia sobre a Jaen, a Encruzado, a Tinta Roriz, a Baga...


Havia que dar, porém, alguma oportunidade à ficção prosaica, até para não lhe perder o jeito... Calhou a Paul Morand o privilégio, diplomata francês, um tanto ou quanto ligado a Vichy, mas que conhecia bem Portugal, embora o Estado Novo o considerasse persona non grata. A sua prosa é luxuriante, mas perpassa, por Lorenzaccio - O Prisioneiro de Sintra, uns resíduos finisseculares de desalento e um iluminado cinismo a que a elegância da escrita dá uma certa consistência e interesse. Não me posso queixar, porque não perdi o meu tempo.


2 comentários:

  1. Não sabia que este Morand estava traduzido.

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    1. Embora o nome me não fosse de todo estranho, creio que nunca tinha lido nada deste escritor francês.
      E a tradução, de Aníbal Fernandes, parece-me muito boa. Bem como o prefácio, também, dele.

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