sexta-feira, 24 de novembro de 2023

Miscelânea (11)


Aqui há uns bons anos, um jornal inglês de esquerda, perguntava na capa, com a imagem de Gerhard Schröder (1944), pouco antes de eleições germânicas, se o leitor era capaz de comprar um carro em segunda mão a este alemão. O dito ex-chanceler ganha, hoje, a vida na Gazprom, e muito bem.
Eu creio que, nessa altura, os reclames apresentavam ainda para bom exemplo indivíduos compostos, às vezes de gravata e fato, sérios, limpos e bonitos. Hoje o paradigma mudou radicalmente de estilo. Quanto mais sujo, descomposto e feio, melhor.



É certo que eu tenho grandes dúvidas que os jovens comprem o jornal Público, pelas capas, habitualmente inestéticas, do suplemento ípsilon, mas os directores devem achar que sim, para persistirem no método, de forma teimosa, para não dizer: autista. Pela minha parte, devo confessar que, do anexo hebdomadário, leio apenas, normalmente, a antepenúltima e penúltima página com os artigos de António Guerreiro e Ana Cristina Leonardo. O resto parece-me palha quase sempre, e da pior.

2 comentários:

  1. Ando pouco interessada no jornalismo e design de comunicação actuais. Cada vez acho mais que não sou o público alvo destes produtos. Bom Sábado!

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    1. Eu creio que uma grande parte destes "jornalistas" escreve para pequenos nichos familiares e de amigos...
      Bom fim-de-semana.

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