quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

A caminho do Reno


Recuadas na memória tenho imagens minhotas de pequenas poças cristalizadas, nas manhãs frias do pico e rigor do Inverno. Mas era uma capa finíssima que estilhaçava, como mica transparente, à menor pressão do meu sapato, quando descia ao quintal. E donde a água se libertava e adquiria a sua consistência natural - líquida.
Nada que se compare, porém, à solidez e beleza das fotografias das poças semi-geladas renanas, que uma amiga nossa, afectuosamente, nos enviou.


Entre a pequena aldeia de Merkenich e o curso natural do Reno, há um pequeno território onde não se podem construir habitações. Mas onde se podem, na Primavera e Verão, cultivar couves, tomates, batatas, abóboras, porque a terra é úbere e generosa. Mas, agora, a terra está dura, enregelada, imprestável para produzir. E foi nos seus sulcos que se criaram estes singulares e estranhos arabescos, que a Ruth nos mandou, em fotografia, para avaliarmos o rigor deste Inverno alemão de 2017, na região de Nordrhein-Westfalen.




2 comentários:

  1. As fotografias são belíssimas. Agora as temperaturas abaixo de zero não devem ser nada agradáveis.
    Bom dia!, por cá com temperaturas menos agrestes. E um belo sol.

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    1. Belíssimas, na verdade.
      No entanto, a maioria das casas alemãs têm aqucimento central, o que ajuda muito..:-)

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