sábado, 14 de janeiro de 2017

Osmose 86


Enquanto reinicio a leitura de os Cahiers, de Cioran, por volta da página 850, vou ouvindo, em simultâneo, a banda sonora (The Poet Acts) de Philip Glass para o filme The Hours, sobre a vida de Virginia Woolf. Tarefa inglória: raramente as duas acções conseguem conviver harmoniosamente, partilhando esse meu tempo. Ora é a intensidade da música que me distrai da leitura do diário de Cioran, ora são as palavras dramáticas do (filósofo) romeno que me fazem esquecer os acordes do músico norte-americano.
Faço uma pausa, para decidir por qual hei-de optar...
Mudo para Sigur Rós, e mantenho E. M. Cioran.

7 comentários:

  1. Uma alternativa interessante poderia ser pegar no livro de Michael Cunningham e manter Glass. Um filósofo romeno, para mais quase sempre maldisposto, não me parece boa companhia para a madrugada de um sábado com tanto sol.

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  2. Queria acrescentar, já que falo do sol: e Sigur Rós também é para dias mais negros.

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    1. Em abono da verdade, tenho de esclarecer que o texto é de ontem, à noite. Tenho lido estes "Cahiers" muito parcimoniosamente, até porque é o último livro de Cioran que tenho para ler (a obra dele não é grande), e quero demorar a acabá-lo (vou na pg. 852 das 999...), para durar.
      Tenho também que confessar que conheço mal quer o Cunnhingham quer o Rós.
      Bom fim-de-semana!

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  3. Para ler, só alguns barrocos. Senão, distraio-me.
    Bom fim de semana!

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    1. No meu caso, ou a música tem espinha (dorsal) e me distrai, ou não, e então pode servir de cenário de fundo.
      Retribuo os votos!

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  4. Toda a música me distrai da leitura. Não curto ler com barulho ou sons próximos. Só o silêncio convém. A música acompanha-me mais os devaneios, o tempo de descanso ou que lhe dedico. Bom, também gosto de cozinhar com música.

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    1. Tudo depende da densidade do que se lê. Mas muita da chamada "música ambiente" serve para posição secundária.

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