quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Ideias fixas 9


Do sapato atirado à cara de Bush,jr., numa conferência de imprensa, aqui há anos, até à bofetada dada, ontem, na Bretanha, a Manuel Valls, a indignação ofensiva, mesmo assim, sempre me parece mais saudável do que a comodista abstenção...

9 comentários:

  1. É tudo uma questão de grau. Entre a Marinha Grande de Soares e o Rossio de Sidónio Pais vai uma grande diferença.

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    1. Matar, não, agredir apenas suavemente. Mas continuo em crer que há, normalmente, mais justificações politicas para uma agressão, do que justificar uma não-ida às urnas, aquando de eleições.

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    2. Mais uma vez, acho que é uma questão "quantitativa".
      A não ida às urnas só tem qualquer tipo de significado quando se transforma num movimento coletivo. Enquanto ato individual, é o grau mais moderado do protesto.
      Já a agressão é ao contrário: parece aceitável, na leitura de alguns, que não nomearei, enquanto houver apenas um ou outro caso suave. Mas quando se transforma em insurreição ou em ato mais violento, tem imediatamente outro significado, eventualmente condenável.

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    3. Embora nunca tenha vontado em branco, parece-me justificável porque, pelo menos, implica o acto incómodo da deslocação ao local de voto, enquanto a abstenção permite o cómodo agasalho de nem sair de casa.

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  2. Queria dizer
    ... nunca tenha votado em...

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    1. Ah, lapso bem revelador... Nunca votou em branco, mas não lhe faltou vontade!
      Nas eleições de 2011, as que elegeram PPC, eu fiz parte de um movimento mais ou menos organizado que apelava ao voto em branco. Normalmente, para as eleições do governo e do parlamento de Lisboa, voto em branco ou abstenho-me. Pelo menos, enquanto não se cumprir a Constituição (regionalização política do país) ou, pelo menos, enquanto reconhecer ao governo central e ao parlamento pouca legitimidade para representar TODO o país.

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    2. Ponto de ordem à mesa: embora nativo do Norte, sou contra a regionalização, por várias razões, que seria fastidioso enumerar.
      Neste nosso diálogo há, subliminar, um conflito de gerações. Porque se votei em 1969, foi porque era primavera (?) marcelista... E apanhei-lhe o gosto. Que a História, muitas vezes, volta atrás.

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  3. Neste caso não estou de acordo com a sua opinião. Não aceito
    nenhuma agressão física mesmo moderada. Se não se gosta, ignora-se.
    Também me parece que a abstenção é uma maneira de demonstrar que
    nenhum candidato merece o nosso voto, embora concorde que se poderia
    ter votado em branco.
    Desejo-lhe uma boa noite.

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    1. Respeito a sua opinião.
      Teoricamente e em caso de ditadura ou opressão, eu concordo com manifestações violentas, como sendo a única maneira de quebrar o círculo apertado de constrangimento político.
      Uma boa noite, também.

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