quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Português em destaque (5) : Moscatel de Setúbal


Mal amado ou esquecido, o Moscatel de Setúbal é pouco lembrado. E os que apreciam este generoso, optam muitas vezes pelo "muscat" duriense que Favaios costuma engarrafar em pequenas botelhas como se fora Martini ou Cinzano, para ser bebido como aperitivo. A região demarcada do Moscatel de Setúbal fez, há pouco, 100 anos, porque o decreto da sua criação foi despachado em 1907, autenticado por D. Manuel II e publicado em 1908. Mas o vinho já era apreciado, há muito, fora de portas, e Luis XIV não o dispensava nas suas festas de Versailles (José A. Salvador dixit).
Mas o que me apraz, hoje, destacar é que, muito recentemente (17 e 18 de Julho de 2011), numa prova internacional realizada em Paris, para apreciar "Muscat" de vários países, o Moscatel de Setúbal - Reserva de 2002 - da Casa Ermelinda Freitas foi considerado o Moscatel melhor do mundo e ganhou a medalha de ouro do concurso. É uma honra para a Adega de Fernando Pó que também orgulha Portugal ou, no mínimo, todos os enófilos portugueses. Evoé!

3 comentários:

  1. Hei-de experimentar este, da Ermelinda de Freitas, porque o José Maria da Fonseca é um bocado doce. Prefiro-lhe o de Favaios ou de Alijó.

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  2. Creio, MR, que a única maneira de lhe contrariar (e o Roxo mais ainda) a doçura é bebê-lo, por exemplo, a acompanhar uma encharcada. Ou, na versão clássica, uma torta de Azeitão...

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