segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Mais 2 fragmentos de René Char


5.
Não pertencemos a ninguém senão no ponto áureo desta lâmpada desconhecida de nós, que nos é inacessível mas mantém despertos em nós a coragem e o silêncio.

15.
As crianças aborrecem-se ao domingo. Passereau propõe uma semana de vinte e quatro dias para ultrapassar o domingo. Ou seja, a cada dia acrescentar uma hora de domingo, de preferência, a hora da refeição, porque assim já não haverá pão duro.
Mas que não se fale mais do domingo.

René Char (1907-1988), in "Feuillets d'Hypnos".

4 comentários:

  1. O fragmento 5 está muito bem observado.
    O domingo nunca foi o meu dia.

    ResponderEliminar
  2. Mesmo os domingos de férias, às vezes, são esquisitos...

    ResponderEliminar
  3. Também sou da mesma opinião. Ao contrário dos domingos, sempre gostei de sábados.

    ResponderEliminar
  4. Parece que estamos os 4 de acordo..:

    ResponderEliminar