sábado, 31 de dezembro de 2016

Andrea Falconieri (1585-1656)

6 comentários:

  1. Do meu velho livro comprado em Junho de 1966 com o meu
    nome escrito com uma letra que já não é bem a minha actual.
    Os Cadernos de Malte Laurids Brigge de R.M.Rilke
    ............
    Por vezes passo por pequenas lojas, na Rue de Seine por exemplo.
    Antiquários ou pequenos alfarrabistas ou vendedores de gravuras com
    montras pejadas.Nunca ninguém lá entra,pelo visto não fazem negócio.
    Mas, se olharmos lá para dentro, vemo-los sentados, sentados a ler,
    descuidados;não cuidam do dia de amanhã, não se inquietam por qualquer
    êxito,têm um cão que está sentado diante deles de bom humor,ou um gato
    que faz o silêncio, ainda maior ao roçar-se ao longo das filas dos livros
    como se limpasse o pó dos nomes das lombadas.
    Ah, se isto fosse bastante: desejaria por vezes comprar assim uma montra
    cheia e sentar-me atrás dela com um cão por vinte anos.
    É assim, um pouco o que sinto, na solidão de um fim de ano.
    Desejo-lhe tudo de bom para 2017.

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    Respostas
    1. A música foi posta para rematar, com alegria singela, ovelho ano de 2016.
      Quanto a Rilke, que descobri tardiamente, como poeta, em 1968, e em troca sugeria-lhe, se tiver paciência, um velho poste (9/11/2013) do Arpose: "Para nascer um verso". Que é uma síntese admirável, desses "Cadernos" de Rainer M. Rilke.
      Votos amigos de um ameno 2017.

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    2. Sem dúvida que Rilke é um escritor notável que eu venero
      desde há muito. Ainda bem que também o aprecia. A parte
      que transcreveu é como diz, uma síntese admirável sobre a
      criação poética. Desejo-lhe uma boa semana.

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    3. Estamos de acordo.
      Um bom princípio de Janeiro!

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