sexta-feira, 8 de abril de 2022

Curiosidades 92



Como se costuma dizer: uns têm a fama, outros o proveito.
Assim como eu, muita gente atribuiria a autoria do V de vitória, feito com os dedos indicador e médio, a Winston Churchill (1874-1965), por alturas da II Grande Guerra. Outros ainda, menos frequentadores da História, são capazes de pensar que terá sido Sá Carneiro quem criou o sinal na campanha de eleições da AD. Não. Nem um, nem outro são os seus autores.





Mas foi-me preciso chegar até a um Le Monde recente (25/2/2022), emprestado pelo meu bom amigo H. N., para numa recensão literária (de Florence Noiville)  do suplemento sobre livros, lhe saber a história e origem. E afinal o gesto, pretensamente político, não tem um autor conhecido - é anónimo. Mas não há nada como eu traduzir o texto inicial do jornal francês, para esclarecer o assunto. Aqui vai:

"Eles avançam. Fazem o V da vitória. Com os seus arcos de 7 pés de comprimento, com os seus terríveis longbows em madeira, eles envolvem o inimigo numa chuva de flechas torrenciais. Os frecheiros ingleses da guerra dos Cem Anos (1337-1453). Quando os Franceses capturaram um deles, apressam-se a cortar-lhe o dedo indicador e o médio para ter a garantia que o arqueiro não mais poderá manobrar o arco. É por isso que, antes de cada nova batalha, por desafio, os frecheiros fazem esse V com os seus dedos. Querendo dizer: as nossas mãos estão intactas, temos os dedos todos, vamos vencer-vos."

Interessante a história, não é?!

8 comentários:

  1. Sim, muito interessante e lá se foi Churchill como o pioneiro do V de vitória !...

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  2. Muito interessante. Está no n.º especial de Le Monde dedicado à Idade Média? Vi-o, mas não o comprei porque o monte de leituras está muito grande.
    Vou ver se ainda o encontro para o oferecer.
    Bom fim de semana!

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    1. Não. A recensão ao livro "Vers Calais, In Ordinary Time", de James Meek, pertence ao suplemento literário das Sextas-feiras (25/2/2022) do "Le Monde". E, o essencial sobre o tema, eu transcrevi-o.
      Retribuo os votos, com estima.

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  3. Muito curioso! Não fazia a menor ideia.
    Também atribuía o gesto a Winston Churchill (mas sem certezas!)
    Bom fim-de-semana!

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    1. Também achei muito interessante. E corrigi a ideia que tinha.
      Cordialmente, retribuo os votos.

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