sábado, 7 de outubro de 2017

Miscelânea descentrada


Levei cerca de uma hora a ler um hebdomadário e um diário, saídos hoje, ainda frescos.

Haverá alguém que imagine o Prémio Nobel a ser atribuído a John Le Carré? Creio que não.

Premeia-se por contraste, para tomar posição. Veja-se o da Paz, ou a deslocação do Sabadell...

Sempre Verão, também cansa. Porque conheço algumas pessoas que aspiram a ver a chuva, de casa.

Os 2 jornais, que li, recomendam quase só vinhos de 9 a 30 e tal euros. Para quem?

Recordo que, nas Cooperativas do Douro, as uvas se estavam a pagar a menos de 1 euro, o quilo.

No "Expresso", há dois encartes, grossos, sobre Angola. Vingança do chinês, ou subserviência lusa?

Vou reler o último livro de Gastão Cruz (Existência) para arejar a vista e mudar de alma.

Que, como dizia um poeta inglês: a esperança terá de ir para outras coisas.

Até porque Londres e o seu hipotético nevoeiro não me vão, seguramente, mudar a vida.

12 comentários:

  1. Pois é.
    Anda tudo pelas ruas da amargura...

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    1. Sou um bocadinho menos pessimista..:-)
      Bom fim-de-semana!

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  2. Não tenho a certeza de ter percebido tudo:(
    mas ainda assim Ah!Ah!Ah! na mesma!

    Desejo-lhe um bom sábado!

    E fiquei curiosa sobre esse livro de Gastão Cruz...vou investigar!

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    1. Não se pode chegar a tudo, Isabel...
      Deve encontrar o livro, que é o último de G. C., na Bertrand albicastrense.
      Bom fim-de-semana!

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  3. Eu quero muito ver a chuva de casa.
    Não dou grande fã do Lê Carrè.
    A seca não deixou que os bagos, das uvas, 'inchassem' - ouvi dizer.
    Boa leitura!

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    1. Legítimo e salutar, também já tenho saudades de uma boa bátega...
      Como escritor, tem coisas boas, outras mais fracas.
      Pelo menos, "tintaram".
      Obrigado!

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  4. Longe vão os tempos em que passava a manhã de sábado a ler o "Expresso" no café e começava sempre na sexta à noite, graças à senhora da Tabacaria, que me deixava levar o jornal todo de véspera, excepto o corpo principal do jornal, que só chegava ao sábado:)
    Depois quando surgiu o "Público" lia-o diariamente até à saída do VJS, depois só esporadicamente.
    Sinto uma tristeza imensa porque deixei de ter em Portugal um jornal de referência.
    Bom fim-de-semana!

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    1. Estamos em situação semelhante: não há jornal em que reveja, apenas em 3 ou 4 colaboradores do "Público", e nem sempre.
      Não compro o "Expresso", habitualmente, recebo-o, passado uma semana, de um amigo. Desta vez, comprei-o no engodo de um anúncio do hebdomadário, que falava de um artigo de João Semedo sobre Óscar Lopes. Que não existiu! Este semanário também encostou, definitivamente, à direita. Não há nada a fazer.
      Retribuo, cordialmente!

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  5. Eu imagino JlC a ganhar esse prémio, que seria bem merecido. Mas não faço parte do júri...

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    1. A galeria dos i(g)-nóbeis acaba por ser muito mais honrosa: Greene, Simenon...

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  6. Também não tenho esperança nenhuma de ver Philip Roth ganhar o Nobel. E agora não me parece que o prémio vá tão cedo parar a outro inglês.
    Pareceu-me ouvir algures que se esperava um bom vinho do Douro este ano.
    Boas (re)leituras! Eu vou continuar com Petros Markaris.

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    1. Embora antecipadas por causa da seca e menos produtivas, as vindimas, ao que parece, prometeram. O Douro irá declarar, muito provavelmente, algumas Vintage.
      O livro de GC, ligeiramente desconcertante (prosa também e explicação da sua poesia), é muito interessante.
      A poesia portuguesa bem merecia um Nobel. Se houvesse prémios póstumos, Pessoa era um forte candidato...

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