quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

Últimas aquisições (30)

 


No local próprio foram estas, literalmente, as últimas aquisições (com mais um livro de Unamuno e outro sobre os marechais, em francês, do tempo de Napoleão Bonaparte), que fiz, ontem, na rua do Alecrim, nº 44. Bernardo Trindade fechou as portas da sua singular loja de alfarrabista. As razões não será necessário explicá-las. A legislação sobre as rendas, de uma antiga ministra abonecada, foi só o começo...
Durante cerca de 40 anos, primeiro com o pai (Tarcísio Trindade, alcobacense ilustre) à frente do negócio, e nos últimos anos com o filho dirigindo a loja, o local era um sítio de eleição e, muitas vezes, de encantamento para mim. Uma boa parte dos melhores e mais interessantes livros da minha biblioteca foi lá adquirida e a preços justos.
Ao Bernardo Trindade, o meu abraço cordial de amiga solidariedade.







5 comentários:

  1. É muito triste quando uma livraria com a história, a qualidade e o excelente atendimento como a Campos Trindade, tem de encerrar portas. E, é injusto também!
    Mas o capital pode tudo!
    Não queria estar na posição do Bernardo!
    Bom dia!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. O valor da renda era mesmo imcomportável e os marqueses ( de Pombal) já não praticam "caridades" nem "mecenatos culturais"..:-(
      O Bernardo manterá os contactos, mas creio que não mais vai ter loja aberta.
      Como diz, é profundamente injusto. E com estas perspectivas, Lisboa cada vez mais vai sendo uma cidade vulgar e sem graça nem originalidade.
      Bom fim-de-semana.

      Eliminar
  2. Embora nunca tenha frequentado muito os alfarrabistas do Alecrim, eram mais os do Bairro Alto, Calhariz e Misericórdia (desde criança com o meu pai), é triste ver mais uma loja destas encerrar.
    Bom sábado! (E por ser sábado, era o dia em que eu costumava dar uma volta pelos alfarrabistas.)

    ResponderEliminar
  3. Boa compra! Gosto bastante do Ruben Darío.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Eu era mais assíduo, pelo menos a partir de 81/2, no 44 e, um pouco menos, no Ferreira (Calçada do Carmo) e no Almarjão (Travessa da Queimada).
      Tenho a obra completa do Rubén Darío que me veio do Eugénio, via J. R. Jiménez. Gosto bastante da poesia dele.
      Boa noite.

      Eliminar