quinta-feira, 18 de novembro de 2021

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Li muito Júlio Dantas (1876-1962) durante a minha juventude, pelo menos até conhecer o Manifesto do Almada que me pareceu expurgatório. Mais tarde, vencidos os pruridos adolescentes e o politicamente correcto, voltei-lhe à carga nas leituras, porque o seu estilo sempre me pareceu pitoresco e a escrita, elegante.
Ontem, reincidi mais uma vez e por bem. Num dos já raros alfarrabistas lisboetas adquiri, usado e por 4 euros, o póstumo Páginas de Memórias (Portugália, 1968). E já vou na página 97...

Adenda temporal: bem vistas as coisas, Júlio Dantas não era mais nem menos do que um artista do regime, tal como hoje, a Joana Vasconcelos, salvo as devidas proporções estéticas. Embora o escritor trabalhasse sozinho. Ou mesmo Almada Negreiros, que se academizou nos últimos anos da sua vida.

7 comentários:

  1. Gosto de livros de memórias, sobretudo destas épocas mais recuadas (de meados do século XX, para trás). E também sempre achei alguma graça ao Júlio Dantas, apesar das críticas do Almada - que por sinal escrevia muito bem. Ambos representavam um certo tipo social e cultural, talvez antagónico, mas em ambos os casos com interesse. E Júlio Dantas conheceu muita gente com interesse, pelo que um livro de memórias dele deve valer a pena. Boa tarde!

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    1. Curiosamente, Columbano ainda fez um esboço (não sei onde pára) de Júlio Dantas para vir a pintar um retrato. Mas faleceu antes. A viúva tê-lo-á oferecido ao escritor, segundo ele conta neste livro.
      Também eu aprecio livros de memórias como este: bem escrito e com um ou outro episódio pitoresco.
      Uma boa noite!

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    2. Vou pesquisar esse assunto... Bom dia!

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  2. Já li estas memórias e gostei.
    Boas leituras!

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  3. Agora ando pelo Roland Dumas... e estou a gostar.
    Bom dia!

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    1. Que o Dumas lhe continue a ser propício!..:-)
      O livro de Júlio Dantas é bem interessante e lê-se muito bem.
      Bom fim de tarde.

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