domingo, 3 de maio de 2020

Afortunadamente


Às vezes, considero um milagre feliz que, por entre tanta gente ilustre e a multidão de celebridades fátuas, ao longo dos tempos, muitas delas hoje totalmente esquecidas ou já quase sem qualquer significado ou importância, algumas ruas lisboetas tenham mantido (Deus os conserve!) a beleza e o lirismo simples toponímico de alguns nomes, como, por exemplo: a rua do Alecrim, a travessa da Água Flor ou a rua da Rosa.
Muito mais do que os homens, a Natureza parece ser eterna. Até ver...

12 comentários:

  1. Um dia destes, infelizmente, uma mente brilhantemente opaca vai-se lembrar de dar o nome de alguém "importante" a uma dessas e esquecer de, pelo menos por baixo do nome importante, colocar "antiga rua da ...". Espero que tal não aconteça porque gosto muito da do Alecrim e da da Rosa :-)
    Bom dia

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    1. É um risco sempre presente... A insensibilidade dos edis.
      Uma boa semana.

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  2. Também gosto destes nomes de ruas. No Parque das Nações e na Ajuda (por motivos diferentes) há muitas com nomes assim. Bom dia!

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    1. Da mesma temática, entre muitas outras, esqueci-me da: Praça das Flores. Mas também gosto, noutro ângulo, da Praça da Alegria.
      Boa semana.

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    2. Que me lembram o Botequim e o Hot Clube :)

      Boa semana.
      🌻

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    3. Há quase sempre referências a lembrar nos locais...
      Obrigado, igualmente.

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  3. Descendo a R.do Alecrim o primeiro largo "Pça. Barão de Quintela",como aliás
    se vê no belo postal que aqui colocou, existe ou existiu uma estátua do escultor Teixeira Lopes, representando Eça de Queiroz e a figura da Verdade. Esta obra foi vandalizada, cortaram-lhe os braços e foi substituída por uma em bronze. A minha memória da estátua fez-me pesquisar um pouco, e tinha afinal
    fundamento.Até gostava de ir agora matar saudades desta Lisboa que eu amo
    (como diz a canção).Mais uma vez me alonguei. Peço desculpa. Boa tarde.

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    1. Como sou (ou era) frequentador semanal dessa rua assistia compungido ao vandalismo de que era vítima a estátua de mármore de Eça, até ter sido substituída pela réplica de bronze.
      No postal, logo à esquerda, pode ver-se o Palácio (do Barão) Quintela, onde se alojou Junot, aquando da Invasão francesa. O edifício albergou o I. A. D. E. e, em tempos mais recentes, é um Café-restaurante "multi-usos"...
      Um bom fim de tarde.

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  4. Gosto do nome de Rua do Sol ao Rato. E há também a Rua do Sol à Graça, uma rua muito desengraçada.
    Bom dia!

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  5. Depois de 2 meses sem sair senão apenas para pequenas compras,
    saí hoje a caminho de Lisboa e quando sai no Rossio olhei o Castelo
    de S.Jorge o que me deu um imenso prazer. Subi a Calçada do Carmo,
    parei um pouco e fui andando até Rua do Alecrim. Emocionei-me por
    ter conseguido matar saudades de voltar aquela zona. Fez-me tão bem
    pode crer. Finalmente liberta de rebanhos de turistas a Rua Garret.
    A Sá da Costa, a Bertrand e ao fundo o Chiado, apenas com um segurança
    à porta, com quem falei um pouco, pois nas minhas antigas deambulações
    sempre gostei de comunicar quando isso se proporcionava. Apenas o cabeleireiro
    estava aberto. Desci até ao Rossio e olhei os jacarandás, tão bonitos.
    Finalmente a minha antiga Lisboa, agora com tanto espaço. Era uma menina
    quando por ali andei, agora dezenas de anos passados...muita coisa me vem
    à memória. Peça desculpa por tanto desabafo!
    Desejo-lhe uma boa tarde.

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    1. O nosso regresso temporário a Lisboa, na Quarta e Quinta-feira passadas, também foi óptimo. Ruas desafogadas, limpas, tranquilas, ruidos moderados. Só tivemos pena que o 44, do nosso Bernardo Trindade, só volte a abrir no dia 1 de Junho.
      E, por isso, entendo perfeitamente o bem-estar que experimentou por uma Lisboa harmonioso, tal como era antigamente, sem as hordas dos bárbaros...
      Um bom fim de tarde.

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