quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

J. R. Jiménez (1881-1958)

 


Biblioteca Mia


Que a obra a si própria não se sinta,

que não entenda sequer

sua formosura! 

                         Nem mesmo o sol se sente,

 e temos dele inveja, o imortal? -

                          Ah! os livros

assim sozinhos, quando vou p'ra longe

- o sol assim fica, lento e cego, a iluminá-los

e nós que os trazemos no olhar!



Juan Ramón Jiménez, in  Poesía (1917-1923).

11 comentários:

  1. Muito bonito.
    E a ilustração, também é dele?

    Bom dia!
    (aqui sem sol para iluminar os livros)

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    1. É uma "Biblioteca" das diversas que Mª. H. Vieira da Siva pintou.
      Boa tarde.

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    2. Só conhecia duas.
      Agora já conheço três. :-)
      Boa noite.

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  2. Gosto muito do poema e da tradução. E da Vieira. :)
    Bom dia!

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    1. Fico satisfeito que a MR tenha apreciado.
      Uma boa tarde.

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  3. Ai, os livros!
    Gosto do autor e este poema é muito bonito!
    Ramón Jiménez é pouco conhecido pela sua poesia, o que é uma pena!
    Boa noite!

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    1. JRM, um grande poeta, foi uma herança do Eugénio..:-)
      Também gosto muito deste poema.
      Uma boa noite, também.

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