Triangular, a casa, terminava como a proa de um navio. E a sala final tinha dois níveis: o maior envolto em penumbra suave, depois, subindo três degraus havia uma luz coada e brilhos leves sobre vidros azúis.
Mas, na parte maior da sala, eram as avencas. Vários vasos, em assimetria, traziam frescura ao aposento, mesmo no Verão; deles vinha também uma alegria discreta de aromas ténues, harmoniosa na paz vegetal do verde quieto.
Parecia que nada nunca iria perturbar o silêncio e que ele existia, desde sempre, na sala tranquila.
É certo que por lá passavam, raras vezes, correrias e risos infantis, em busca de um esconderijo mais secreto para o jogo, mas logo tudo ficava como antes: a penumbra, o tempo, o silêncio, a frescura do verde muito frágil das avencas.
Gosto muito de avencas, mas têm de estar repolhudas.
ResponderEliminarUma linda foto. E o texto também, claro!
Eu também sou um indefectível fã das avencas, mas a planta é muito mimosa e difícil de conservar...
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