terça-feira, 25 de outubro de 2011

Coimbra, uma gravura


Apesar de lá ter nascido, acidentalmente, Coimbra não é uma cidade de que goste, por aí além.
Quando a conheci melhor, e aos seus habitantes, em 2 anos que lá vivi, no início dos anos 60 do século passado, costumava dizer da cidade que: tinha todos os defeitos de uma urbe pequena e nenhuma virtude das cidades grandes. Os horizontes eram estreitíssimos...sobretudo mentais. Mas fiquei a gostar do fado de Coimbra, sobretudo na voz de Machado Soares, que conheci e ouvi, e na de Luís Gois, que só ouvi depois. Para não falar de Zeca Afonso.
Agora, esta gravura de Coimbra, do séc. XVI, que encima este poste, gosto muito dela. Pertence à obra "Civitates Orbis Terrarum", dos cartógrafos alemães Georg Braun e Frans Hogenberg, que foi publicada em Colónia no ano de 1572, segundo o catálogo donde a retirei.

10 comentários:

  1. Ontem dormi mesmo de frente para aqueles arcos do lado direito, Pensão Antunes.

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  2. É sempre útil e curioso termos um ponto de referência, antigo, para vermos a evolução do restante,n tempo

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  3. Subscrevo o seu poste, apesar de nunca ter vivido em Coimbra. Senão, se calhar, não subscrevia. :)

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  4. Espero bem que tenha havido alguma evolução, pela positiva..:-)

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  5. Não me parece que tenha havido nenhuma evolução. A não ser que ainda fosse pior.
    É uma terra muito provinciana, no mau sentido. Mesmo os prof. - os "doutores" - não fogem à regra, com aquela mania da Universidade de Coimbra. Há uma espécie de "sarro" que se lhes agarra e não desaparece.

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  6. Alguém que me é próximo confirma a sua observação, Miss Tolstoi.

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  7. Um colega, que muito prezo, costumava designá-la por «parva Coimbra» precisamente pelas razões que aponta: horizontes estreitos e mania das importâncias. Nunca, como agora, tive noção até que ponto é assim... :-)

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  8. Não me parece má, a alcunha. Creio que tudo isto resulta, em parte, de uma convergência de interesses dos seus habitantes, e que tem como objectivo os estudantes. Logo no 1º ano são tratados, hipocritamente, por doutores...São eles, no fundo, o negócio, e há que passar-lhes a mão pelo pêlo.

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  9. c.a.,
    Deve vir na sequência do que Almada escreveu no Manifesto anti-Dantas: «E os da Águia do Porto e os palermas de Coimbra!»
    Acho esta expressão o máximo dos máximos.

    APS,
    Já percebi. Com tanta doutorice!

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  10. À procura desta gravura vim ter aqui. Achei graça por ser colocada por alguém que conheço virtualmente.
    Não sabia que era de Coimbra. Coimbra tem uma atmosfera própria. Já não é a dos anos 60 que conheceu.
    É de facto uma cidade "parva" porque não é grande, algum do espírito que aqui invocam talvez ainda haja, mas não é a norma. Como em todo lado há espírito pequeno, doutoral, não quero dizer tacanho, porque esse é o espírito de quem se acha superior. Sapiente é aquele que aprende, dá e recebe sem desdenhar.
    Quem vê o mundo dessa forma perde-se nas brumas de uma carreira.
    Coimbra ainda continua de pé com Pedro e Inês.
    Desculpe, a intromissão, APS.
    Cumprimentos.
    Ana

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