É da história: o amor é um sentimento, quase sempre, fugidio. E a necessidade pode muito - já lá dizia Almeida Garrett. A crise, por outro lado, tem muita força. Diz o povo: vão-se os anéis, fiquem os dedos. Já aqui dei conta, em 3/1/2011 (Os cavalos irlandeses e a crise), que os irlandeses tinham abandonado 20.000 cavalos à sua sorte: uns morriam à fome, outros iam sendo abatidos...
Vejo hoje nos jornais portugueses que a Liga Portuguesa dos Direitos dos Animais tem para adopção 250 animais, que lhe foram entregues pelos anteriores donos. A maior parte são gatos. Aqui, na zona outrabandista, também já se nota o aumento das matilhas e dos gatos vadios. E a procissão ainda vai no adro. Ao contrário do que dizia Júlio Dantas, n' "A Ceia dos Cardeais", não é assim tão diferente o amor em Portugal...
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