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sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Adagiário CCLXXIII : Dezembro (8)


1. Natal em casa, junto à brasa.
2. Mal vai a Portugal, se não há três cheias antes do Natal.
3. Em dia de Santa Luzia (13) onde o vento fica, de lá porfia.

domingo, 25 de dezembro de 2016

Adagiário CCLXIV


Natal à Sexta-feira, por onde puderes semeia; em Domingo, vende bois e compra trigo.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Adagiário CCLXIII : Dezembro (7)


1. Dezembro molhado, e Janeiro bem gelado.
2. Dezembro com Junho ao desafio, traz Janeiro frio.
3. Quem varejar antes do Natal, fica-lhe a azeitona no olival.
4. Dia de S. Silvestre (31) nem no alho nem na réstia.

quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

Osmose 59


Alto amanheceu, hoje, o cinzento.
Cá por baixo, impacientes na rua e bloqueados talvez, os condutores fazem ouvir a sua pressa, com buzinadelas insistentes. Correrão para onde?
Mera marca do tempo, a que os homens deram número, o último dia do ano traz consigo a ilusória hipótese de um renovo próximo.
E se é certo que pela Natureza vai havendo um verde tenro que prenuncia mudança, ou um retorno, nem sempre, ou nunca ela se instala no corpo e nos seres humanos. Com benevolência, talvez nalguns espíritos se possa fazer sentir. Mais em metáfora do que em verdadeira realidade. E deixemos os propósitos de lado, que são a forma mais pueril do engano.
O processo e progresso físico humano é irreversível. Não no melhor sentido, mas em relação à terra.

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Adagiário CCXXXVIII : Dezembro (6)


1. Quem colhe azeitona antes do Natal, deixa metade no olival.
2. Não há Dezembro valente que não trema.
3. Quem quer bom ervilhal, semeia-o antes do Natal.
4. Dia de S. Silvestre (31) nem no alho, nem na réstea.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Adagiário CCVIII : Dezembro (5)


1. Dezembro quer lenha no lar e pichel a andar.
2. Dezembro frio, calor no estio.
3. Em Dezembro treme o frio em cada membro.
4. Dia de S. Silvestre (31) não comas bacalhau, que é peste.

domingo, 1 de dezembro de 2013

Rosa de Dezembro


Não lhe toques mais
porque assim é a rosa!

Juan Ramón Jiménez


Nota: esta rosa (e como elas são difíceis em Dezembro!...) da varanda a leste, abriu entre Novembro e Dezembro, mas já estava prometida a sua imagem, antecipadamente.
O dístico perfeito de J. R. J., que traduzi, aplica-se objectivamente ao poema findo e completo. Mas também merece a beleza desta rosa perfeita.

Adagiário CLXV : Dezembro (4)


1. Em Dezembro, lenha e dorme.
2. Por S. Nicolau (3), neve no chão.
3. Em Dezembro descansa, em Janeiro trabalha.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Descrição da manhã


Ainda não são 8 horas, quando o sol, ao longe, começa a ganhar corpo e luz, por trás das altas chaminés do Barreiro. Reflecte-se na inclinação oblíqua e húmida dos telhados, ainda molhados da chuva nocturna.
Mas, pouco depois, um véu diáfano de nuvens médias entre cor de laranja e cenoura tapam-lhe o brilho e absorvem-no de todo, num abraço de penumbra. Surgiu uma pomba solitária no terraço da casa defronte e duas gaivotas parecem patrulhar o rio, a meia altura.
Faz-se ouvir o ronronar de um avião, que vai alto e invisível. Em baixo, o sacolejar metálico do eléctrico, nos trilhos, arranha o silêncio matinal. Uma segunda pomba, arrepiada, faz a sua aparição, e o sol ressurge, em plenitude.

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Em jeito de aditamento ao Adagiário de Dezembro

A Natureza ensina-nos, pelo menos, uma coisa importante: o verde (Esperança?) resiste sempre. Apesar do frio ou  da neve,  ou mesmo do Inverno mais intenso. E ,aqui (ainda na Alemanha), ele cerca-nos de tal modo, que é impossível esquecê-lo. Na sua fidelidade persistente, resistindo.

Adagiário CVI : Dezembro (3)

1. Entre o menino e Tomé (21), 3 dias é.
2. Se queres a desgraça de Portugal, dá-lhe 3 cheias antes do Natal.
3. Pelo Natal, bico de pardal.
4. Depois de o menino nascer, tudo vai crescer.

Nota: vai o Adagiário antecipado porque, provavelmente, já só em Portugal darei notícias. Até...

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

A rosa


Os pássaros pareciam desaustinados, pelo vento forte e gelado, em voos descordenados e caóticos, paralelamente acompanhados, da terra, pelos gatos que pareciam perseguir-lhes as sombras fugidias, em saltos felinos, pelos canteiros desvastados e húmidos de orvalho.
Mas a rosa senhoril, enorme e perfeita, quase rubra, presidia imperturbável no centro da mesa interior, na sua jarra alta e, apesar de colhida há já dois dias, mantinha a compostura e beleza inicial. Pus-me a contar as pétalas: e eram 6, cada vez menores, em 6 círculos concentricos, que se iam fechando sobre os estames interiores, pouco visíveis. Eram, portanto, 36 pétalas, numa simetria que, embora natural, tinha qualquer coisa de divino, na sua totalidade rigorosa.
Sabia como as rosas naturais eram "difíceis em Dezembro". Talvez esta, por ser perfeita, possa chegar até lá. E eu ainda estarei cá para ver, se ela resiste, na sua grande beleza.  

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Adagiário LXXVI : Dezembro (2)


1. Em Dezembro a uma lebre, galgos cento.
2. Se os pepinos dessem em Dezembro, ninguém os comeria.
3. No dia de S. Tomé (21), pega o porco pelo pé.
4. Nem no Inverno sem capa, nem no Verão sem cabaça.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Presépios


Este é o meu terceiro Presépio e, porventura, o último. Do primeiro lembrar-me-ei, sempre. O núcleo duro (S. José, Maria, os Reis Magos, o burro e o boi) inicial era de figuras muito perfeitas, com olhos de vidro, de tamanho médio, a que fui acrescentando, na infância e princípio da adolescência, toscas figuras que eu comprava a Esc. 1$00 e 1$50 ( pastores, ovelhas...). Adquiri, também, o trio de Reis Magos, em camelos, que deslocava, parcimoniosamente, cada dia, até os substituir pelos do núcleo original (porque eram apeados), a 23 de Dezembro. O segundo não tem grande história: cumpriu a obrigação de acompanhar o crescimento dos meus filhos, para passar testemunho de tradição.
O terceiro Presépio é artesanal, com "bonecos" mini-mini, e um pequeno tom naïf que lhes dá um encanto muito especial. Ofereceu-mo HMJ, em 2007, já completo, nas suas 42 figurinhas, e foi comprado na Rua do Loreto. Este ano, ao montá-lo, acrescentei-lhe uma pequena pernada, que cortei, do pinheiro da varanda a sul. Para lhe dar um toque de realismo mais acentuado...

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Adagiário XXIII : Dezembro


1. Do Natal a Santa Luzia (13), cresce um palmo o dia.
2. Por S. Tomé (21), todo o tempo noite é.
3. Tudo vem em seu tempo, e os nabos pelo Advento.
4. Quem quiser bom alhal, há-de semeá-lo pelo Natal.