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sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Deambulações simplórias sobre o Figurativo e o Abstracto


Dizem que o olhar de um observador, perante uma página ou uma tela, desliza, natural e inconscientemente, para o lado direito do objecto em questão, em detrimento do lado esquerdo da folha ou do quadro.
Um mero amador de pintura, não muito habituado a frequentar museus ou exposições, creio eu que tenderá, em grande parte dos casos, a privilegiar obras figurativas, em prejuízo de pinturas abstractas. Talvez porque aquelas lhe dizem alguma coisa...
A pintura abstracta suscitará, porventura, interrogações a nível racional; a pintura figurativa actuará mais a nivel sensorial ou da emoção, sobretudo, nas grandes massas humanas, que a possam frequentar, ainda que episodicamente. As artes ao serviço dos regimes da U. R. S. S. ou da Revolução Chinesa tinham, na sua função figurativa, um propósito político objectivo. Como a censura nazi, sobre aquilo que denominaram arte degenerada, tinha um fim estratégico. A formatação das sociedades, que hoje tanto é desejada pelo Poder, e aplicada, faz-se, sobretudo, no sentido da criação de clones abúlicos e acríticos, para que deixem de pensar, e se transformem apenas em animais emocionais. O que vai de encontro àquela velha frase das criaturas sensíveis, tantas vezes ouvida: Nem quero pensar!...
Pelo meio destas divagações maniqueístas, há que afirmar que, mesmo nos pintores actuais e/ou mais recentes, a expressão artística nem sempre é totalmente definida. Muitas vezes, há uma hesitação profunda, quando não constante, entre o figurativo e o abstracto.