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quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

Pinacoteca Pessoal 200

 

Pintor, gravador mas, principalmente, aguarelista, o inglês Edward Duncan (1803-1882), no seu gosto pelos temas marítimos terá tido, provavelmente, alguma proximidade e decerto influências de William Turner (1775-1851), seu contemporâneo nas artes.




A boa qualidade dos seus trabalhos fizeram que colhesse a atenção régia e até o patrocínio da rainha Victoria (1819-1901).



segunda-feira, 24 de outubro de 2022

A vingança do chinês

 

Medeiam quase exactamente 80 anos entre o nascimento de Lord Mountbatten (1900-1979), que foi o último vice-rei da Índia (inglesa), e o novíssimo primeiro-ministro britânico Rishi Sunak (1980).
Até parece o mundo às avessas, mas eu imagino que, se a rainha Victoria ressuscitasse, havia de sorrir ao saber.

sábado, 29 de fevereiro de 2020

Exposição na Tate



Numa espécie de glosa actualizada e de novos temas, a artista norte-americana Kara Walker (1969) expõe até 5 de Abril de 2020, na Tate Modern, a sua Fons Americanus, inspirada no Memorial da Rainha Victória (Londres), mas com motivos quase opostos, como é explicado neste vídeo. E em que a monarca britânica é substituída ou representada pela deusa africana Yoruba.

terça-feira, 17 de setembro de 2019

Idiotismos 46


Em finais dos anos 80 do século passado, tive ocasião de visitar no Gürzenich, em Colónia, uma magnífica exposição-venda de Livros Antigos, com inúmeras bancas de conhecidos alfarrabistas europeus e norte-americanos, principalmente. Do catálogo luxuoso, que pude consultar, constava apenas um livro português: Arte da Cavallaria de gineta, e estardiota, bom primor de ferrar & alveitaria... (1678), obra de António Galvão de Andrade (1613?-1689). O volume, obra-prima da impressão portuguesa, e em muito bom estado, estava precificado a 1.100 marcos alemães. Ainda hoje sai muito caro em Portugal, quer em leilões de livros, quer nos alfarrabistas.


Do longo título do volume, sobressai o termo estardiota (ou estradiota) que eu já conhecia e sempre achei exótico. Palavra que traduz uma forma própria e clássica de montar das senhoras, de lado. Hoje, creio que raramente se usa e as modernas amazonas cavalgam exactamente como os homens, com cada perna para o seu lado.
Alguns dicionários registam o termo como sendo: "arte de montar firmando-se o cavaleiro nos estribos e estendendo as pernas." Há quem anote o significado de soldado mercenário albanês, e quem dê a palavra como proveniente do italiano stradiotto (soldado).


Creio, no entanto, que cavalgar à estardiota era apanágio e privilégio de damas nobres e rainhas, que assim se faziam representar, mais femininas, compostas, e dignamente. Como a rainha Victória, em Balmoral, neste quadro de Charles Burton Barber, de 1876.

terça-feira, 16 de julho de 2019

Filatelia CXXXI


É imprevisível saber à partida ou aquando da emissão de um selo qual será o acolhimento posterior que ele virá a ter por parte dos coleccionadores. O apreço ou o interesse que despertará nos filatelistas.
Mas posso afirmar, com alguma segurança, que a estampilha detentora do número 43, no catálogo da Stanley Gibbons, e que foi produzida a partir de 1864, com a efígie da rainha Victoria, é das mais populares e coleccionadas pelos filatelistas avançados da Grã-Bretanha. Conhecem-se-lhe 154 cunhos emitidos, entre os números 71 e 225 (este último, sendo o mais raro e caro), com omissão dos algarismos  75, 77, 126 e 128, que surgiam em posição vertical em ambos os arabescos laterais ( o da imagem pertence ao cunho 208, como pode ver-se). Para além disso, o selo de 1 pence tinha nos quatro cantos, com fundo branco, 4 letras alfabéticas variáveis, de forma a evitar falsificações.


Duas cores predominaram (rose-red e lake-red), ao longo das várias emissões deste selo do Royal Mail. Se conjugarmos o número de cunhos com as cores e as letras alfabéticas, nos cantos, deparámo-nos com uma quantidade apreciável de variedades, para além dos erros de impressão, que eram frequentes nos primeiros selos de qualquer país e constituem variantes sempre muito procuradas e, normalmente, valiosas. Se, aos coleccionadores principiantes, bastará ter um selo usado ou novo, ao filatelista mais avançado interessará conseguir um exemplar de cada cunho emitido. Ou mesmo - proeza dificílima de atingir - obter um conjunto completo das letras, nos cantos.
A minha tentativa não ultrapassou a ambição de tentar ter um selo de cada cunho, usado. Consegui apenas 108 cunhos, faltando-me, por isso, 46. Encerro este poste filatélico com a imagem de uma folha (das mais completas) da minha colecção, no que diz respeito a este selo inglês (S. G. 43).


terça-feira, 15 de maio de 2018

Pinacoteca Pessoal 135


Nascido na Baviera, no seio de uma família de fracos recursos económicos, o futuro pintor Hubert von Herkomer (1849-1914) nunca esqueceu as suas origens nem o meio em que foi criado, muito embora pelo seu talento, viesse a ter uma vida folgada proveniente da sua arte, que era muito apreciada pelas classes dominantes.
Os seus pais, em busca de melhor vida, emigraram para os Estados Unidos e, posteriormente, regressaram à Europa, tendo-se fixado em Southampton (Inglaterra). Das suas memórias, ficaram, em temática coerente, os meios operários e os desfavorecidos retratados em várias obras de que são bons exemplos as telas On Strike (1891) e Hard Times.


Representado por vários quadros na Tate, Herkomer pintou também alguns retratos da rainha Victoria. E Eduardo VII escolheu-o para fixar, em tela, a imperatriz da Índia, no seu leito de morte. Em vez da habitual máscara de cera, que era costume fazer-se na época, do rosto de personagens ilustres falecidas.

Hubert von Herkomer foi também um fotógrafo pioneiro e fez alguns filmes mudos, tendo instalado um estúdio apropriado, para o efeito, na sua casa a que chamava Lululand.


segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Na Tate Britain






Só a partir  dos finais do século XIX e início do XX, a arte africana ganhou estatuto estético e interesse para o coleccionismo privado e museológico, europeus. Sobretudo, creio, pelo seu contributo de influência nalguma parte da obra de Picasso, e de outros artistas. Antes, só parece ter interessado os etnógrafos e de um ponto de vista meramente funcional, como simbologia e actividade de outras civilizações. Mas, mesmo hoje, é vista ainda como uma arte menor, pelo centralismo dos padrões europeus, que exercem um cânone rígido sobre as manifestações artísticas gerais. Está assim um pouco equiparada à arte naïf, à arte popular e outras manifestações folclóricas, que se enquadram num plano estético secundário.

A Tate Britain decidiu, no entanto, inaugurar uma exposição (Artist and Empire) sobre este tema, aberta ao público até 10 de Abril de 2016 - segundo informa o TLS -, em que a arte africana (Nigéria, principalmente) tem um papel  significativo. Embora haja também várias obras de pintores e artistas europeus, naquilo que parece ser uma espécie de nostalgia post-colonial ( ou talvez melhor, post- imperial). Deixámos, para efeitos de ilustração, três esculturas que retratam a imperatriz Victoria, todas elas executadas nas imediações do século XX. Creio que apenas a primeira integra a mostra da Tate.


segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

A velhice e os ingleses


Depois da sra. Thatcher, dos srs. Blair, católico convertido, Brown, esquivo, e do leitoso sr. David Cameron, tenho algumas dúvidas sobre a apreciação que Lytton Strachey (1880-1932) faz sobre a velhice e os ingleses, a propósito da popularidade dos últimos anos da rainha Victoria, na biografia que lhe dedicou. Em qualquer dos casos, aqui vai uma tradução das suas palavras:
"É verdade, Victoria era a rainha de Inglaterra, a imperatriz da Índia, o centro em volta do qual girava toda a máquina magnífica, mas era também, ainda, uma outra coisa. Primeiro, é que ela era muito velha: e uma idade avançada é, na Inglaterra, uma condição quase indispensável da popularidade."

domingo, 28 de dezembro de 2014

Leituras : passado, presente e futuro


Uma das vantagens do Inverno é que acabamos por ler mais: o inóspito exterior e as longas noites, a isso convidam.
Findo que foi o primeiro livro das Memórias de José-Augusto França (Tomar, 1922), vou já a meio da leitura do segundo volume (em imagem), que se ocupa dos primeiros anos do século XXI, até 2012. Memórias movimentadas, com grande ritmo descritivo, importantes para quem queira conhecer ou se interesse pela vida artística portuguesa de grande parte do século passado. Espera vez, entretanto, a vida da rainha Victoria (1819-1901), levantamento histórico de um longo reinado, levado a cabo por um notável autor inglês de biografias - Lytton Strachey (1880-1932).

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

O não


Devo confessar que fiquei mais descansado. Porque, desde há dias, me perguntava, angustiado, se a Escócia se tornasse independente, o que seria feito de Balmoral. E só encontrava uma saída airosa para esse grande problema: transformar esse Estate régio num novo Vaticano. Com a papisa Isabel à frente da pequena vila-estado, que o falecido príncipe Albert tinha comprado, em 1852, para a sua querida Victoria.
Felizmente que ganharam as tias...