Mostrar mensagens com a etiqueta Luís Miguel Queirós. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Luís Miguel Queirós. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

Osmose 142

 



Tenho vindo a reler, de forma continuada, os textos em prosa de Eugénio de Andrade (1923-2005) que a Modo de Ler editou em Abril de 2011, com um competente e útil prefácio de Luís Miguel Queirós (1962).  A temática ganha muito lida em conjunto e sublinha, indirectamente, a mestria e qualidade da prosa do grande poeta.
Das suas palavras saem nítidos retratos com evocações singulares e comoventes de Pascoaes e Pavia, justas, embora talvez um pouco cruéis, de Botto e Homem de Mello, entre outras figuras que ele conheceu de perto.

sábado, 30 de dezembro de 2023

Antologia 17



O mérito da entrevista no suplemento ípsilon do jornal  Público, de ontem (29/12/2023), é sem dúvida do poeta Manuel de Freitas (1972), mas não deixa de ser atribuível também à boa e inteligente arquitectura das perguntas do entrevistador - Luís Miguel Queirós (1962). O tema fundamental debatido é a poesia portuguesa. Dos sublinhados que fiz, ao ler este trabalho, vou transcrever uma pequena selecção que reflecte opiniões subjectivas, mas algumas das quais não deixaria de subscrever eu próprio, pessoalmente. Aqui vai a "antologia", com algumas respostas parciais de Manuel de Freitas:

"Ou seja, estive 11 anos a procurar editor. Tentei os que já conhecia pessoalmente, mas também outros que admirava - a & etc., a frenesi, a Assírio & Alvim, com o Manuel Hermínio Monteiro - e, ninguém mostrou interesse suficiente."
...
"O caso de Nuno Júdice é paradigmático. A (minha) antologia (Poetas sem Qualidades, 2002) era contra essa poesia autocomplacente, bonitinha, com uma retórica a toda a prova, mas que pouco ou nada tinha para dizer."
...
"A Fiama (Hasse Pais Brandão), por exemplo, não acho que seja uma má poeta, mas aquilo não era o que eu queria escrever. (...) Acho que hoje há muito pouca autocrítica. A pressa de publicação e reconhecimento está a ser perniciosa para alguns poetas."
...
"Quando tinha 17 anos, Ruy Belo era um dos meus poetas. Depois comecei a ver ali muitos truques retóricos e a achar aquilo um pouco maçador. (...) Claro que há também poetas que foram subvalorizados, como o Assis Pacheco, que é, sem dúvida, um dos grandes poetas portugueses do século XX."
...
"Nunca dependeu de mim escrever um poema, e mesmo os livros vão surgindo de coisas que preciso de resolver, de memórias que preciso de resgatar."

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Vampiros de segunda geração


Parece-me que agora é de vez. Pré-anunciada, frequentemente, a ressurreição da memorável Colecção Vampiro, o jornal Público, de Domingo, em extenso e informado artigo de Luis Miguel Queirós, atesta a sua concretização pela Porto Editora. E tenho que me congratular porque, nos primeiros números, haverá algumas reedições de S. S. van Dine (1888-1939), o meu escritor de policiais preferido, e de quem, por aqui, já falei.
Não sei é se o preço de 7,70 euros será justo. Para quem ainda compra antigos Vampiros, como eu (faltam-me 89 números, para completar a colecção original, composta por 703), sabe que, usados e em razoáveis condições, se podem adquirir entre 1 e 3 euros. Excepto os autores de culto, mais procurados, que podem ir dos 6 aos 12 euros (Agatha Christie, Simenon, E. S. Gardner). Preços intermédios (3 a 5 euros) custam normalmente os Hammet, Chandler, Ellery Queen, Sayers, van Dine...
Seja como for, foi uma boa notícia, esta da ressurreição da celebrada Colecção Vampiro.