quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Amigos, contribuições e gíria profissional


Cada profissão é como uma sala fechada ou dicionário oculto cujo acesso e descoberta, nos seus rituais, no seu linguajar e gíria própria, só são acessíveis aos iniciados e a quem com eles conviva. Quem saberá?, por exemplo, que "basbaia", entre cortadores e marchantes, é uma palavra que define: carne de fraca qualidade, normalmente, de novilho ou vaca. A palavra "avultar", para os profissionais de panificação, é aplicada ao crescer da massa do pão, depois de lhe ter sido acrescentado o "isco" ou fermento. O vocábulo bigodes que, correntemente, é entendido como ornamento piloso masculino, entre os homens do mar corresponde, também, às ondas laterais que se formam, com o avançar de um barco sobre as águas.
Ora, muito recentemente, o meu amigo AVP, grande conhecedor das coisas marítimas e com boa experiência neste particular, ao visitar o Arpose, deparou-se-lhe o poste "O tempo que passa" (4/9/2011), em que eu refiro a intensidade com que hoje se usa, a torto e a direito, o vocábulo: caralho. E o meu amigo AVP achou por bem informar-me que, o considerado palavrão, tem ainda um outro significado, inócuo, registado pela Academia Portuguesa de Letras, e que é: cesto no alto dos mastros das caravelas. Para se saber mais (obrigado, AVP!), consultar: http://issuu.com/vilardaga/docs/caralho.
Aqui fica este precioso aditamento.

com grato reconhecimento a AVP. 

3 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

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  2. Há ainda o Caralhinho (ou mechelote) da Madeira, usado para misturar a Poncha. Mais info: http://pt.wikipedia.org/wiki/Mechelote

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  3. Obrigadíssimo, ms, pela achega oportuna do mechelote que vai, assim, atenuando o peso fescenino do caralho. Os regionalismos têm sempre uma riqueza e imaginação léxica insuspeitada.

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