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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Pinacoteca Pessoal 121


É, no meu entender, um dos retratos mais interessantes e singulares da Tate Britain (Londres), que encerra algumas dúvidas, provavelmente eternas. Sabe-se que é uma pintura do início do século XVII, provavelmente executada para a família de Thomas Cholmondeley, entre 1601 e 1610. O seu autor, perfeccionista e algo naïf, é desconhecido. As retratadas, filhas (?) do cavalheiro inglês, eram provavelmente gémeas e, por sua vez, teriam tido filhos, pela mesma altura. Aventa-se a sua identificação como sendo, já com o apelido de casadas: Lettice Grosvenor (1585-1612) e Mary Calveley (1585?-1616).
A obsessiva simetria do retrato faz dele um caso único (julgo), digno de estudo. E apreciação.

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Escultura inglesa : uma exposição na Tate Britain


O TLS (nº 5846) faz-se eco de uma exposição (Sculpture Victorious) na Tate Britain, até 25/6/2015, que eu gostaria de ver. Não tanto pelas obras inovadoras que mostra, mas pela época - pouco propícia a inovação - que representa. A minha curiosidade, no entanto, centralizar-se-ia, sobretudo numa obra (A Royal Game) escultórica de William Reynolds-Stephens (1862-1943). Que retrata, imaginativamente, a rainha inglesa Isabel I a jogar xadrez com Filipe II, de Espanha, e cuja imagem fica a encimar este poste.

domingo, 7 de dezembro de 2014

Conclusões inconclusivas


A leitura sequencial, no TLS, do desagrado da recensão crítica de Kelly Grovier, depois de ver na Tate Britain, a exposição dos 4 finalistas (James Richards, Ciara Phillips...) concorrentes ao Turner Prize, e, três páginas depois, ler o texto de compreensiva bonomia com que Laura Freeman aprecia a obra pictórica do pescador da Cornualha e pintor naïf Alfred Wallis (1855-1942), levou-me a algumas reflexões desencontradas sobre a arte, em geral.
Parece-me pacífico afirmar que as obras dos pintores-de-domingo estão para a Pintura, num plano semelhante em como as quadras populares estão para a Poesia. A diferença reside na erudição clássica de que uns são portadores qualitativos e, outros, possuirem apenas o jeito e o gosto da reprodução tosca e sincera das coisas, numa transposição pura sem qualquer transfiguração elaborada. Mas, até aqui e pelo menos para mim, há uma diferença abissal entre a pintura de Le Douanier Rousseau e os quadros de Frida Kahlo.
Não posso deixar de simpatizar com a obra do pintor naïf vimaranense Mestre Caçoila, alfaiate de profissão - que nos anos 70 chegou até a expor no Palácio Foz -, mas longe de mim compará-la com os quadros de José de Guimarães, que até o apreciava e coleccionava.
A diferença está, porventura, na tal poética do teclado que Schubert referia e Alfred Brendel cita no poste abaixo, na tentativa de explicação de uma sonata schubertiana...


Nota: o quadro em imagem, que antecede este poste, é da autoria de Alfred Wallis.