É raríssimo, hoje em dia, ter estados de alma frenéticos ou obsessivos que me façam dizer, caprichosamente: tenho que ver este filme ou tenho que comprar este livro. O tempo, o sentido crítico e a experiência permitem -me ver a fugacidade e a vida efémera de tantas obras e tantos autores. Bem como as modas breves de tantos sucessos de "há quinze dias"...
O jornal inglês The Guardian resolveu publicar uma lista dos 100 "melhores" livros de século XXI. Provavelmente, e até ao fim deste século, ainda publicará mais 4..., mas já não estaremos cá para ver.
Consultando a relação geral, concluo que li apenas 3 das obras eleitas, o que nada me preocupa. Refiro as minhas conhecidas e o seu lugar, quanto a importância:
68 - The Constant Gardener (2001) - John Le Carré.
36 - Experience (2000) - Martin Amis.
5 - Austerlitz (2001) - W. G. Sebald.
Da lista, Coetzee não consta, nem sequer George Steiner, o que será no mínimo estranho. Mas quem sabe (?) se as editoras não terão pago ao jornal britânico para os seus autores constarem do rol? Tal como as empresas comerciais pagam às grandes superfícies, para os seus produtos irem ornamentar os topos de gôndola.
Não me admirava nada...