sexta-feira, 31 de julho de 2020

Osmose 116


As cadeiras, de sólida estrutura artesanal embora simples, das seis originais, resistem cinco, apesar de uma delas ter duas pernas claudicantes. Essa, raramente a usámos e está encostada à parede da cozinha.
Creio que não é já manufactura dos Neves, ainda familiares, mas talvez dos Pimenta que compraram a marcenaria ao meu Bisavô vimaranense. Que de Braga, paterna, pouco trago eu à colação.
As casas, cada vez mais pequenas, vão-se resumindo de passado e heranças, que o gosto, raramente se transmite, e há que ser pragmático nas escolhas afectivas, ainda que respeitáveis.
O futuro é, desapiedadamente, cruel. Ou indiferente, pelo menos, nestas coisas particulares.

6 comentários:

  1. Tempos em que não era preciso o número da porta e o andar para a correspondência chegar (e a "invenção" do código postal vinha tão longe). As memórias vão-se esfumando. Acumulo fotos, bilhetes, papel para manter viva a minha, mas quem vier a seguir o que fará? Imagino sacos prontos para contentor :-(
    Gosto do selo
    Bom dia

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    1. Tudo o que diz é verdade. E até os valores mais profundos sofrem "reciclagens" enormes, com o tempo.
      O selo é da emissão Ceres, de 1912.
      Bom fim-de-semana.

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  2. Gosto destes postais de firmas, principalmente quando trazem a foto da loja ou da fábrica.
    Bom dia!

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    1. Concordo que são normalmente muito interessantes..:-)
      Bom fim-de-semana.

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  3. Se me permite, subscrevo todo o comentário da Paula.
    Agradeço aos dois. Bom fim de semana.

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