Previsível e fatal, para onde múltiplos factores convergiram (terceira via, queda do Muro, emigração descontrolada, envelhecimento populacional e, por isso, aumento do voto conservador...), a deriva para a Direita, da Europa social-democrata dos anos 60/70, era uma consequência lógica. Mas, em vez de uma alternância posterior, de novo para a Esquerda, a crise de 2008 tem vindo a arrastar uma boa parte dos países para a Direita extrema. São disso bons exemplos, pelos piores motivos, a Hungria, a Holanda e o reforço, em muitas outras nações, do voto na extrema-Direita.
Sem alimentar excessivas ilusões, os resultados das eleições de hoje, na França e na Grécia, mesmo que favoreçam a Esquerda, poderão ser um travão a essa deriva da Europa, de consequências imprevisíveis, mas nunca benéficas. Das humilhações do Tratado de Versalhes à República de Weimar e respectivas sequências conhecidas, o tempo foi breve. Para não usar o gasto chavão, muito a gosto de alguns jornalistas e comentadores núbeis, cábulas ou pouco originais, de "a partir de hoje, nada será como dantes", eu diria que hoje é, pelo menos, um dia importante para o futuro da Europa.
O problema talvez seja, mesmo, não conseguir passar do D... :-)
ResponderEliminarEmbora, democraticamente, eu tenha excluído o E(squerda) da sequência..:-))
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ResponderEliminarE o partido nazi prepara-se para entrar no Parlamento grego. Coisa, para mim, absurda que um partido como o Aurora Dourada seja legalizado num país como a Grécia. O chefe já afirmou que Hitler deveria ter ganho a Guerra, de modo que nem se "esconde".
A arrogância e despudor dos políticos tem sido norma, nestes últimos tempos. Uns para impôr sacrifícios, sem o menor rebuço, outros para desatinos vocabulares impensáveis, aqui há 10 ou vinte anos atrás. É um fartar vilanagem, infelizmente...
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