A palavra, ou nome, Morgan tinha ainda para mim um encanto infinito. Está ligado à infância e adolescência, através duns folhetos (já aqui falei deles) baratos que eu lia, ou devorava, com imenso prazer: "As Aventuras do Capitão Morgan". Mas, como tudo na vida, as ilusões vão-se perdendo e o encanto, por esse nome, começou a desvanecer-se, irremediavelmente.
Tudo começou há pouco mais de um mês. Um reputado e isento pensador do mundo financeiro avisou e escreveu, preto no branco: "Se estiver numa sala com um homem da J. P. Morgan, fuja imediatamente". Ontem soube que foi a J. P. Morgan que "moscambilhou" as contas gregas, por chorudas prebendas, para que o País viesse a entrar no Euro.
Entretanto, Marc Roche conta a história da Goldman Sachs, a que pertenceu o nosso loiro e voluntarioso António Borges. A instituição financeira não sai nada bem do retrato...
E a Rádio Renascença titula, hoje: "FMI livrou-se de António Borges porque não estava à altura do trabalho". Felizmente, o correlegionário Passos Coelho arranjou-lhe um lugar para chefiar o processo das privatizações, se não o pobre do homem ia ficar desempregado.
Com isto tudo, o Capitão Morgan já se foi do meu imaginário. Cada vez se perdem mais heróis, com a idade...
O Borges é loiro? O nosso Borges é melhor que o argentino? Estas são as grandes questões dos nossos tempos...O
ResponderEliminarPor caridade cristã, evitei escrever "oxigenado"...
ResponderEliminar:-) aos comentários.
ResponderEliminarMarc Roche, numa entrevista qu li dele (Visão?) dava a entender que o FMI se tinha livrado de António Borges por ele ser incompetente.
Pois é, MR, isto está cheio de 3ªs escolhas. As "excelências" já foram para outros lados...
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