Recentemente comprei mais um livro incompleto. Mais propriamente um fragmento de um Flos Sanctorum, do Frei Diogo do Rosário. Sem portada, nem cólofon, ingressará na "lista de espera" dos doentes a aguardar um diagnóstico precoce quanto à paternidade. Neste caso, da paternidade da impressão.
Juntamente com o volume encadernado, embora incompleto, veio uma pastinha com outros fólios e, desgraçadamente, com folhas cortadas, obra de um bibliófago feroz.
Normalmente, associam-se à ideia de bibliófagos aqueles bichinhos que atacam os livros. Como os animais são seres desprovidos de cultura e pensamento, ainda podemos aceitar semelhante façanha cega à procura do alimento no papel, embora nos cause uma tristeza profunda olhar para as galerias furadas do tamanho do bicho.
Quanto à espécie humana que ataca os livros, à procura do alimento monetário fácil, o assunto muda de figura. Esta espécie de bibliófagos causa-me uma repulsa profunda.
Com efeito, ficam as imagens para acusar o assassino !
Post de HMJ
Os alfarrabistas estão cheios de folhinhas destas. :(
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