A frase de Rui Tavares, no jornal Público de hoje, resume, concretamente, a situação que todos conhecemos e vemos, com escândalo: "...o jogo está neste momento tão viciado que a justiça se tornou uma simples ferramenta de execução e reforço das desigualdades. ..." E, depois são citados 3 exemplos mais do que comprovativos da vergonha que é, hoje e de uma forma quase total, a Justiça, em Portugal. Seguem:
a) "O Tribunal da Relação de Lisboa condenou o advogado Ricardo Sá Fernandes por este ter gravado e denunciado uma tentativa de corrupção e de ter colaborado com as autoridades na investigação da mesma, dando assim mais protecção ao corruptor do que à descoberta da verdade."
b) "Um tribunal ordenou que o movimento Precários Inflexíveis apagasse, no seu blogue, comentários que denunciavam práticas ilegais de recrutamento e utilização de mão de obra porque a empresa em questão se sentiu «atingida na sua honra». O tribunal não quis averiguar se os factos relatados por pessoas que diziam ter sido vigarizadas por esta empresa eram reais ou não."
c) O terceiro exemplo prende-se com um ministro deste governo e as dúbias, promíscuas trocas de informação que terá havido com um ex-elemento das Secretas, que aí deteve o cargo de nº 2. Além de outras acções vergonhosas que lembram os processos pidescos de antigamente.
Obviamente, parece-me que chega.
Felizmente (!) não havia tm, nem facebook, etc., no tempo da Velha Senhora. Ainda ontem falava com um amigo comum sobre este assunto. Se houvesse, metade de Portugal estava nas prisões.
ResponderEliminarNo que refere em b), parece-me que o Ministério Público era obrigado a averiguar.
ResponderEliminarA Democracia está como está porque a Justiça não funciona. E convém (a pouquíssimos) que não funcione.
Parece estar tudo no aconchego...O governo não incomoda para não criar hostilidade, os juízes estão caladinhos para continuar no remanso, e o comum da terra é que apanha por tabela, e assiste impotente a esta escandaleira institucionalizada...
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