Já por aqui o disse, e mantenho. De primeira água, as gastronomias portuguesa, espanhola, francesa e belga; de qualidade intermédia, a cozinha alemã. Francamente medíocres, a inglesa, a holandesa e a americana - das que conheço, minimamente. Em abono da excelência castelhana, vem uma carta de Ramalho Ortigão (1836-1915) para a filha Berta, no próxima leilão de Junho, da Livraria Luís Burnay (lote 247), em imagem parcial, com loas à gastronomia espanhola que passo a citar:
"...Em toda esta parte de Hispanha, de que eu tanto gosto, há a especialidade de se comer (para o meu paladar) como em parte nenhuma do mundo. Deixei de almoçar, tomando apenas dois pequenos almoços de leite, para não me carregar de mais, mas ao jantar despico-me, e quando aparece o incomparavel, o divino puchero, com gravanços, chouriço e cabrito, e os phenomenaes espargos que se comem todos de ponta a ponta, em azeite gelado, golpe de vinagre e gemas d'ovos cosidos, com tarraçadas de Rioja e agua de In-sallus, é de botar abaixo e de se acabar o mundo. ..."
No reverso (ver vídeo), os olhos esbugalhados de Anthony Bourdain (1956, Nova Iorque), que até fica de cócoras perante um mero prego no pão ou uma gordurenta bifana portuguesa ( como se pode ver e ler noutras declarações do americano), ao ser servido de um magnífico arroz de polvo com filetes do mesmo. Imagine-se as burundangas que o conhecido ianque não terá pastado, na infância e adolescência, pelas pradarias do faroeste americano...
A italiana falta na lista, logo no primeiro lugar, por escolha ou por não conhecer?
ResponderEliminarSe for este o caso, impõe-se um mês a viajar entre Milão e Palermo!
Confesso o meu fraco conhecimento da gastronomia italiana, para me pronunciar devidamente, embora a impressão que tenho seja positiva.
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