sábado, 26 de maio de 2012

Divagações 25


Havia cravos e rosas, do quintal, que enfeitavam a mesa. Os morangos vinham de fora. Muito pequenos, rústicos, num cesto de vime, que tinha retorno à procedência afectuosa da lembrança.
As festas foram sempre muito raras, numa expressão sóbria de alegria, que reinava em casa. E nem os telegramas eram precisos. Nessa correria dos anos mais tenros, a estrada era bem larga e comprida, para que alguém fizesse falta.
A ternura, em si, era uma esperança.

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