quarta-feira, 18 de maio de 2011

A sinceridade de pensar por si


Nunca, como hoje, a pouco mais de duas semanas de eleições, me encontrei tão dividido, tão cheio de hesitações e de dúvidas. Voto desde 1969 (C.E.U.D.) e, desde então, salvo umas "europeias", nos anos 80, por razões de dificuldade geográfica, nunca faltei com o meu voto na urna, claro e efectivo, como parte da minha responsabilidade cívica de cidadão. Nunca votei branco ou nulo. Por feitio e vida profissional, de mais de 38 anos de trabalho (fora a tropa), em empresas privadas, tento ser também pragmático e, por isso, votei "útil" algumas vezes - não muitas. Penso que não merecia assistir à grande maioria de mediocridade das lideranças europeias, porque fui criado e formado em princípios éticos de solidariedade com exemplos de estadistas de qualidade, mas a Natureza e o Tempo são, normalmente, padrastos. Nem merecia, também, estes líderes portugueses de "aviário", muitos deles que nem passaram pela vida real do sacrifício, do trabalho, do quotidiano difícil de cumprir obrigações e deveres. E preocupa-me, seriamente, o futuro dos meus Filhos e o porvir de Portugal. Mas vou continuar a ver, a ler e a pensar. A paciência, neste momento, acaba por ser um dever...

2 comentários:

  1. Pois é. Há anos que penso que não devia haver deputados que não tivessem - ou não tivessem tido - uma profissão porque, salvo raras e honrosas excepções, ser toda uma vida político profissional... Gente que nunca esteve no mundo do trabalho...
    Mas isto não me parece ser só, infelizmente, um mal português. Como somos mais pequenos... Os países grandes têm também mais gente que se evidencia: mais escritores, mais cientistas, mais desportistas, mais políticos.
    Este meu comentário não é nem contra a política, nem contra os políticos, como também penso que não é o seu post.

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  2. Claro que não, MR. Não é contra a política, pelo contrário. Mas há um beco, uma tristeza, um tal afunilamento, nas opções que existem, hoje, do ponto de vista humano, que produz algum cepticismo quase sem esperança.

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