segunda-feira, 16 de maio de 2011

Melancolia e "Spleen"


Às vezes, ao ler algumas "search words" que, via Google, acabaram por vir ter ao Arpose, em busca de resposta, fico possuído de um estranho spleen, alguma melancolia inesperada, quase tristeza. Por trás dessas perguntas, porventura, desesperadas ou "search words" tão desconexas e tolas (: "porque razão a uniao europeia ainda não adotou uma lingua comum" (sic), "ainda há juízes em berlim lenda" (sic), "ranking cabra ri hugo michaelis sequeira santos" (sic)) escondem-se, talvez, preocupações existencialistas, metafísicas sofredoras, angústias filosóficas tremendas... Mas penso que, também, aí coexiste a iliteracia, a preguiça corporal e mental, a ignorância, a incapacidade de raciocinar, alguma leveza adolescente, a cabeça desarrumada de tanta gente, neste mundo...
E dá-me para a melancolia, para o spleen, até para me lembrar, com alguma tristeza, dos últimos versos de "A Tabacaria" de Fernando Pessoa (Álvaro de Campos): "...e o universo / Reconstruiu-se sem ideal nem esperança, e o dono da tabacaria sorriu."

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