O título deste poste tem autor: E. M. Cioran. É um conceito que uso muito, porque é muito expressivo e define bem um tipo de sentimento apaixonado que carece de objectividade e medida. A imagem que escolhi tem legenda brasileira e também caracteriza esse sentimento de afecto exagerado: "abraço de urso". Dito isto, vamos ao cerne da questão. Porque me lembrei do conceito, a propósito do carinho que despertam, nos europeus, as personalidades americanas com matriz cultural europeia. Se acrescentar um nome, por exemplo, Woody Allen, tudo ficará mais claro. O realizador não é especialmente apreciado, na América, mas nós, europeus, quase todos o adoramos. O presidente Obama é outro caso sintomático de popularidade, fora de portas que excede, de longe, o afecto que a América lhe dedica. E não é só o povo europeu que o idolatra: basta ver o olhar embevecido de Isabel II (pese embora a idade), nas fotografias, para chegar à conclusão, que o fascínio parece ser transversal e o "assassinato por entusiasmo", colectivo. Eu até compreendo, ou tento perceber: com tanta mediocridade a governar a Europa, um estadista, um pouco acima da mediania, até sobressai - ainda para mais, porque é alto...
Mas deve ser feito um aviso à navegação: não se peça demais ao Sr. Obama, ele é de carne e osso, talvez seja bem intencionado, mas está onde está, também, para tratar da sua vidinha e da vidinha dos seus... Não o matem por entusiasmo, please!...
Deixo um abraço, que não é de urso, pelo dia. E para não dizer que o "mato" com entusiasmo, deve, por favor, separar por uma vírgula, nas etiquetas, "E. M. Cioran" e "Isabel II". Senão teremos um "Cioran Isabel" ou Isabelino...
ResponderEliminar:-)))
Foi mais rápido que o vento...
ResponderEliminarE julgo que nem deve ter lido o meu comentário.
ResponderEliminarFoi quase em simutâneo, JAD, muito obrigado. :-)
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